"Há uma verdadeira crise e precisamos de verdadeiros gestores de crise (...) é absolutamente necessário mudar a política económica e acabar com este capitalismo de Estado", escreveu no Telegram o milionário e fundador do gigante do alumínio Rusal.
Trata-se de uma rara crítica ao Kremlin por parte da oligarquia russa, que está a sofrer os efeitos das sanções aplicadas pelos países ocidentais na sequência da invasão da Ucrânia por forças russas.
No domingo, o bilionário Mikhail Fridman denunciou a guerra na Ucrânia, numa carta aos funcionários do seu fundo 'LetterOne', sendo o primeiro oligarca russo a manifestar-se contra o conflito, uma "tragédia" que "devastaria" os dois países.
"Nasci no oeste da Ucrânia, onde vivi até aos 17 anos. Os meus pais são cidadãos ucranianos e moram em Lviv, a minha cidade favorita", escreveu Fridman na carta publicada pelo jornal Financial Times.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de quase 500 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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