"Nas entradas de Kherson, o exército russo montou postos de controlo. É difícil dizer como a situação irá evoluir", escreveu Igor Kolikhayev, na página na rede social Facebook.
"Estou no meu gabinete a coordenar os serviços municipais para que acordem numa cidade relativamente pacífica", acrescentou, pedindo aos residentes que se mantenham "calmos e cautelosos" e não saiam durante o recolher obrigatório.
"Não provoque conflitos com os adversários (...) Isto não é uma batalha, é uma guerra. E a guerra é ganha por atos razoáveis e de sangue frio", aconselhou.
Nas redes sociais, incluindo algumas operadas pelos meios de comunicação locais em Kherson, foram publicados vídeos que mostram forças russas a entrar na cidade de 290 mil habitantes.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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