Macron recandidata-se pelos "valores que os desvarios do Mundo ameaçam"

Emmanuel Macron, Presidente da República francês, declarou-se esta noite candidato às eleições presidenciais de abril, "para defender os valores que os desvarios do Mundo ameaçam".

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Lusa
03/03/2022 20:22 ‧ 03/03/2022 por Lusa

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Macron

"Sou candidato para inventar convosco, face aos desafios do século, uma resposta e europeia singular. Sou candidato para defender os nossos valores que os desvarios do Mundo ameaçam. Sou candidato para continuar a preparar o futuro dos nossos filhos e dos nossos netos. Para nos permitir hoje e amanhã decidirmos por nós próprios", escreveu Emmanuel Macron numa carta publicada esta noite nas edições online dos principais jornais locais franceses, e que sairá amanhã nas respetivas versões em papel.

O atual Presidente admite não ter sido bem-sucedido em todas as suas iniciativas e que faria algumas coisas de forma diferente, mas ressalva que "as transformações levadas a cabo durante este mandato" permitem à França "viver melhor", sublinhando o resultado alcançado com a descida do desemprego para os níveis mais baixos dos últimos 15 anos.

A invasão da Ucrânia pela Rússia assume também um papel importante nesta eleição francesa, o que Macron qualifica momento "inusitado" na história mundial.

"Estamos a viver mudanças de uma rapidez inusitada: ameaça contra as nossas democracias, aumento das desigualdades, mudancas climáticas, transição demográfica, transformações tecnológicas. Não nos enganemos: não vamos responder a esses desafios se nos fecharmos ou se cultivarmos a nostalgia", pode ler-se na carta do agora candidato.

Macron lembra que esta eleição é importante e lamenta não poder participar na campanha como gostaria, devido ao "contexto", mas diz que vai explicar com transparência e compromisso o seu projeto "para continuar a fazer avançar o país".

A primeira volta da eleição presidencial francesa decorre a 10 de abril e a segunda a 24 de abril.

Os candidatos presidenciais vão ser declarados no dia 04 de março pelo Conselho Constitucional, já que têm de cumprir a regra de reunir 500 assinaturas verificadas de eleitos nacionais e locais.

Leia Também: Ucrânia. Putin "determinado" em "continuar operação militar até ao fim"

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