Fontes daquelas entidades públicas comunicaram esta decisão e garantiram que vão continuar a dar "a máxima informação possível" sobre a situação na Rússia e na Ucrânia, enquanto examinam a situação criada pela nova lei.
A decisão acompanha as adotadas pela norte-americana CNN, a canadiana CBC, a agência de notícias Bloomberg, assim como a televisão britânica BBC, que foi a primeira a tomar esta decisão.
A direção da televisão pública britânica decidiu na sexta-feira parar o trabalho da sua equipa na Rússia, enquanto analisa em profundidade as implicações da nova legislação nos seus funcionários.
O Kremlin defendeu hoje a necessidade de "firmeza" na nova lei que reprime "informações falsas" sobre o exército russo para enfrentar uma "guerra de informação" que diz estar a ser travada contra a Rússia no âmbito do conflito na Ucrânia.
"No contexto da guerra de informação, era necessário adotar uma lei cuja firmeza foi adaptada, o que foi feito", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, no dia seguinte à entrada em vigor de um diploma que impõe pesadas penalizações pela divulgação de qualquer informação considerada falsa sobre o exército russo.
A adoção desta lei, na sexta-feira, e a sua assinatura pelo presidente Vladimir Putin foi "necessária e urgente", insistiu.
As penas previstas, que variam desde multas a 15 anos de prisão, serão aplicadas contra quem disseminar "informações falsas" sobre as forças armadas russas.
Como resultado, 'media' russos e estrangeiros anunciaram a suspensão das suas atividades na Rússia.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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