"Lembramo-nos de como foi o seu primeiro mandato [de Trump] e vemos quem nomeou para posições-chave na sua próxima administração. Isto não significa que haverá acordos em todas as questões e que não haverá desacordos, mas deixa certamente espaço para o otimismo", declarou Saar, no discurso de abertura de uma sessão da Comissão dos Negócios Estrangeiros e da Defesa do Knesset (parlamento israelita), segundo um comunicado do seu gabinete.
Sobre a UE, Saar recordou que o anterior responsável pela diplomacia, Josep Borrell, tentou avançar, mas sem sucesso, com a proposta para a anulação do acordo de associação em vigor entre Israel e a União Europeia.
Muito crítico das violações israelitas dos direitos humanos em Gaza, chegando a comparar a destruição causada na Faixa com a Segunda Guerra Mundial, Borrell foi sucedido pela anterior ex-primeira-ministra estónia, Kaja Kallas, depois de cinco anos a dirigir a diplomacia dos 27.
"Sob a égide da nova alta representante foi marcada uma reunião do Conselho de Associação para daqui a dois meses, em Bruxelas, que irei dirigir. Esperamos certamente virar a página em direção a um diálogo construtivo com a União Europeia", acrescentou.
Borrel foi acusado por Israel de antissemitismo depois das críticas que fez aos mortíferos ataques aéreos israelitas contra escolas.
Saar lembrou que, pela primeira vez, os orçamentos de 2025 incluem fundos para "uma campanha básica de diplomacia pública" para a comunidade internacional, e acrescentou que o seu ministério deve "liderar o esforço global não apenas na esfera diplomática, mas também para construir apoio público".
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