O número divulgado hoje pela agência estatal russa TASS inclui 168.000 residentes das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no Donbass, cujo reconhecimento oficial pela Rússia antecedeu a invasão iniciada em 24 de fevereiro.
A retirada de residentes de Donetsk e Lugansk para a Rússia começou no dia 18 de fevereiro, segundo as autoridades russas.
"De acordo com os dados da manhã de 07 de março, 185.900 pessoas atravessaram a fronteira da Rússia (...). O seu número aumentou em 6.000 pessoas nas últimas 24 horas", disseram as agências de segurança, citadas pela TASS.
As autoridades russas disseram que foram criados 267 centros de alojamento temporário em 25 regiões para as pessoas provenientes do Donbass.
Esses centros "estão a fornecer abrigo a quase 18.300 civis, dos quais mais de 9.000 são crianças", acrescentou a TASS, citando as autoridades, sem referir dados sobre o alojamento das restantes pessoas.
A invasão da Ucrânia pela Rússia provocou a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo a ONU.
"Esta é a crise de refugiados de crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", disse o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, o italiano Filippo Grandi, no domingo.
A invasão da Ucrânia e os combates que ocorrem desde então provocaram também um número de mortos e feridos ainda por determinar, tanto de militares como de civis.
O ataque ordenado pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, visa a "desmilitarização e a desnazinação" da Ucrânia, o que significa o derrube do regime pró-ocidental de Kiev.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas contra Moscovo.
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