Embaixador chinês na ONU apela à diplomacia e critica sanções à Rússia

O representante da China na ONU apelou no Conselho de Segurança ao reforço dos esforços diplomáticos para se evitar "uma crise humanitária em larga escala" na Ucrânia e criticou "as contínuas sanções unilaterais" contra a Rússia.

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Lusa
08/03/2022 07:35 ‧ 08/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"A Rússia e a Ucrânia chegaram a um consenso sobre o estabelecimento de um corredor humanitário através da negociação. Espera-se que os dois lados superem as dificuldades encontradas no processo de implementação e garantam a segurança e tranquilidade do corredor humanitário", disse Zhang Jun.

O diplomata salientou que estes processos "complexos" exigiam "calma e racionalidade" em vez de se "acrescentar combustível ao fogo e à escalada dos conflitos".

"Para resolver a crise da Ucrânia, devemos aderir aos objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas, respeitar e proteger a soberania e a integridade territorial de todos os países", sublinhou.

Por outro lado, criticou "o reforço contínuo das sanções unilaterais", sustentando que "não é uma forma fundamental e eficaz de resolver o problema".

"Terá também graves consequências humanitárias e os seus efeitos de alastramento causarão perdas a outros países. Enviar armas ofensivas e mesmo enviar mercenários para a Ucrânia poderia agravar a situação e trazer mais e maiores riscos", argumentou.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: China critica EUA por reforço de laços militares no Indo-Pacífico

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