Criança morre desidratada devido ao conflito na Ucrânia, diz Zelensky
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a invasão das tropas russas na Ucrânia já provocou a destruição de, pelo menos, 16 centros hospitalares.
© Reuters
Mundo Ucrânia
O presidente da Ucrânia terá dito, segundo a Sky News, que uma criança morreu devido à falta de água em Mariupol, no sudeste do país. A cidade já foi palco de ataques enquanto era evacuada por duas vezes, tendo sido novamente, esta terça-feira, bombardeada durante um cessar-fogo anunciado por Moscovo.
Segundo Volodymyr Zelensky, a criança terá morrido de desidratação. A menina ucraniana tinha seis anos e estava presa nos escombros da própria casa.
O autarca da cidade, Vadim Boitchenko, indicou que a casa ruiu na sequência de bombardeamentos das tropas russas. Não se sabe quanto tempo é que a criança, identificada como Tanya, esteve presa com vida nos escombros, onde a mãe foi encontrada morta.
“Nos últimos minutos da sua vida, [Tanya] estava sozinha, exausta, assustada e com muita sede. Esta é apenas uma das muitas histórias que acontecem em Mariupol, que enfrenta um bloqueio há oito dias”, afirmou Boitchenko, citado pelo Moscow Times.
Mariupol é uma das cidades que tem sofrido com escassez de bens essenciais, como água ou comida, durante este conflito. Faltam analgésicos e antibióticos, assim como outros medicamentos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a invasão das tropas russas na Ucrânia já provocou a destruição de, pelo menos, 16 centros hospitalares.
Recorde-se que a Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kyiv, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
As of 7 March, WHO has verified 16 attacks on health care in #Ukraine. These attacks took place between 24 Feb and 3 March.
— World Health Organization (WHO) (@WHO) March 7, 2022
More reported incidents are currently in the process of being verified. https://t.co/v9OPJdpuPd
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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