Estado Islâmico reivindica ataque no Paquistão que matou cinco soldados

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou um ataque a uma caravana de segurança no sudoeste do Paquistão ocorrido hoje, que matou pelo menos cinco soldados, de acordo com um grupo de monitorização.

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Lusa
08/03/2022 19:08 ‧ 08/03/2022 por Lusa

Mundo

Terrorismo

 

A polícia paquistanesa disse que a explosão na província do Baluchistão foi causada por uma bomba à beira da estrada, mas a reivindicação de responsabilidade citou um bombista suicida do EI que levou a cabo o ataque, de acordo com a organização não-governamental norte-americana SITE Intelligence Group, que monitoriza as mensagens dos insurgentes.

A Associated Press referiu ainda que não conseguiu uma explicação imediata para os relatos contraditórios.

No ataque de hoje no distrito de Sibi, a polícia indicou que 28 pessoas, na maioria agentes da polícia, ficaram feridos.

Wazir Murree, um dos oficiais da polícia local, disse que os socorristas transportaram os mortos e feridos para hospitais, onde foi declarada uma emergência, acrescentando que alguns dos feridos estavam em estado crítico.

Os meios de comunicação locais disseram que o ataque aconteceu perto de uma área aberta onde se realizava um espetáculo cultural anual, que no início do dia contou com a participação do Presidente do Paquistão, Arif Alvi.

A caravana fazia parte do destacamento de segurança em torno de Alvi e a explosão aconteceu poucas horas depois de este ter deixado o local.

O Baluchistão tem sido palco de uma insurreição de longa data por parte de vários grupos dissidentes que durante décadas encenaram ataques às forças de segurança e à polícia para impulsionarem as suas exigências de independência.

Embora as autoridades afirmem ter reprimido a insurreição, a violência continua na província que conta com a presença de militantes locais e do EI.

De acordo com a reivindicação do EI, o atacante era um paquistanês que "detonou o colete explosivo no meio de uma reunião de soldados e polícias".

Este foi o segundo ataque em menos de uma semana reivindicado pela filial regional do EI, conhecida como Estado Islâmico da província de Khorasan (EI-K), cuja sede se encontra no país vizinho Afeganistão.

Na semana passada, um bombista suicida dos extremistas atacou uma mesquita xiita durante as orações de sexta-feira na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão, matando 63 fiéis e ferindo quase 200.

Leia Também: Paquistão pede à Rússia redução da tensão mas não condena invasão

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