A polícia paquistanesa disse que a explosão na província do Baluchistão foi causada por uma bomba à beira da estrada, mas a reivindicação de responsabilidade citou um bombista suicida do EI que levou a cabo o ataque, de acordo com a organização não-governamental norte-americana SITE Intelligence Group, que monitoriza as mensagens dos insurgentes.
A Associated Press referiu ainda que não conseguiu uma explicação imediata para os relatos contraditórios.
No ataque de hoje no distrito de Sibi, a polícia indicou que 28 pessoas, na maioria agentes da polícia, ficaram feridos.
Wazir Murree, um dos oficiais da polícia local, disse que os socorristas transportaram os mortos e feridos para hospitais, onde foi declarada uma emergência, acrescentando que alguns dos feridos estavam em estado crítico.
Os meios de comunicação locais disseram que o ataque aconteceu perto de uma área aberta onde se realizava um espetáculo cultural anual, que no início do dia contou com a participação do Presidente do Paquistão, Arif Alvi.
A caravana fazia parte do destacamento de segurança em torno de Alvi e a explosão aconteceu poucas horas depois de este ter deixado o local.
O Baluchistão tem sido palco de uma insurreição de longa data por parte de vários grupos dissidentes que durante décadas encenaram ataques às forças de segurança e à polícia para impulsionarem as suas exigências de independência.
Embora as autoridades afirmem ter reprimido a insurreição, a violência continua na província que conta com a presença de militantes locais e do EI.
De acordo com a reivindicação do EI, o atacante era um paquistanês que "detonou o colete explosivo no meio de uma reunião de soldados e polícias".
Este foi o segundo ataque em menos de uma semana reivindicado pela filial regional do EI, conhecida como Estado Islâmico da província de Khorasan (EI-K), cuja sede se encontra no país vizinho Afeganistão.
Na semana passada, um bombista suicida dos extremistas atacou uma mesquita xiita durante as orações de sexta-feira na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão, matando 63 fiéis e ferindo quase 200.
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