Emmanuel Macron reforça posição de liderança na corrida ao Eliseu
A guerra na Ucrânia veio reforçar a liderança de Emmanuel Macron nas sondagens das presidenciais francesas, com Marine Le Pen a manter-se no segundo lugar e Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical, a destronar o comentador político Éric Zemmour.
© Reuters
Mundo França
Um mês antes da primeira volta das eleições francesas a 10 de abril, uma nova sondagem da ELABE para a BFMTV conhecida na noite de terça-feira mostra que o Presidente de França, Emmanuel Macron, candidato à reeleição, subiu 8,5 pontos percentuais nas intenções de voto nas últimas semanas, perfazendo agora 33,5% das preferências dos eleitores consultados.
Este aumento poderá estar associado à atuação do Presidente francês em relação à invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Emmanuel Macron tem sido um ativo mediador no conflito, falando frequentemente com Volodymyr Zelensky, o Presidente ucraniano, mas sendo também um dos raros líderes ocidentais que fala ainda com Vladimir Putin, o Presidente russo.
Uma média das sondagens elaboradas no país definida pelo coletivo Europe Elects não dá uma subida tão alta do chefe de Estado, mas demonstra um aumento efetivo do número de franceses que pretendem votar em Emmanuel Macron, dando-o com uma média de 27,8% das preferências.
No segundo lugar, segundo a sondagem ELABE continua Marine Le Pen (extrema-direita), com 15% dos votos, e depois Jean-Luc Mélenchon (extrema-esquerda), com 13%. Até agora, o terceiro lugar pertencia ao ex-jornalista e comentador político, Éric Zemmour (extrema-direita). No entanto, os elogios à ação de Putin feitos nos últimos anos, parecem estar a virar-se contra o ex-jornalista que passa agora para quarta posição com 11% da intenção de votos.
A candidata da direita, Valérie Pécresse , apesar de ter começado com força nas sondagens, tem vindo a cair, ocupando agora o quinto lugar, com 10,5%.
Numa primeira ação de campanha, Emmanuel Macron disse esta semana que não vai participar em debates na primeira volta das eleições, tal como outros presidentes que se recandidataram. "Prefiro debater com os franceses, devo-lhes isso", declarou Macron.
Para os outros candidatos, torna-se agora difícil fazer campanha contra o Presidente devido às suas responsabilidades não só como líder francês, mas também como líder europeu, já que a França detém a presidência rotativa do Conselho da União Europeia. Marine Le Pen já veio pedir que não se "adormeça a opinião pública".
"A situação, mesmo sendo muito séria e que torna o Presidente da República num ator diplomático importante, não justifica a tentação de Emmanuel Macron de fugir às exigências da campanha eleitoral e às exigências da democracia", indicou a líder da União Nacional.
As eleições francesas vão desenrolar-se em duas voltas, a primeira a 10 de abril e a segunda a 24 de abril, havendo 12 candidatos na corrida ao Palácio do Eliseu. A campanha eleitoral arranca em França a 28 de março, apesar de os candidatos já estarem na estrada, percorrendo o país de norte a sul para dar a conhecer os seus programas eleitorais.
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