"Um verdadeiro russo nunca fica envergonhado de ser russo", diz Kremlin

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu ainda uma “possível reunião” entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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© Mikhail Svetlov/Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
11/03/2022 11:47 ‧ 11/03/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou esta sexta-feira que os “verdadeiros” cidadãos russos “não têm vergonha” de o ser nem da invasão russa da Ucrânia. 

“Sabem, um verdadeiro russo nunca fica envergonhado de ser russo. E sem alguém disser isso, então essa pessoa não é russa. Não está connosco”, afirmou, quando questionado sobre a campanha ‘Vergonha de ser russo’, levada a cabo por vários russos dentro e fora do país.

Numa conferência de imprensa, em Moscovo, o responsável admitiu ainda uma “possível reunião” entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. “Uma possível reunião entre Putin e Zelensky não está excluída. É teoricamente possível”, disse, citado pela agência de notícias russa TASS.

Contudo, Peskov frisa que “tanto as delegações como os ministros, antes de tudo, devem fazer a sua parte” para que “os presidentes não se reúnam para conversar, mas sim pelo resultado”. 

“A posição da Rússia é clara e chamou a atenção do lado ucraniano. Aguardamos formulações recíprocas”, acrescentou.

Sobre a notícia que dá conta que a empresa Meta vai permitir publicações com ameaças ao presidente russo, Vladimir Putin, e incentivos à violência contra russos nas redes sociais Facebook e Instagram, Peskov admite ser “difícil imaginar tal coisa”. “A ser verdade, têm de ser tomadas ações para encerrar as atividades da empresa”, frisou.

Segundo uma publicação avançada pela agência de notícias Reuters, as plataformas vão permitir temporariamente a publicação dos conteúdos violentos desde que sejam divulgados no contexto de guerra.

Nas últimas semanas, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 500 pessoas morreram e 900 ficaram feridas. Contudo, as autoridades ucranianas afirmam que mais de dois mil civis foram vítimas da ofensiva russa. Mais de 2,5 milhões de pessoas já abandonaram a Ucrânia, metade das quais são crianças.

Leia Também: AO MINUTO: Rússia prepara nova ofensiva?; 2,5 milhões de refugiados

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