Guiné-Bissau. Associação denuncia "falta de quase tudo" no país

O secretário-geral da Associação de Defesa de Consumidores (Acobes) da Guiné-Bissau, Bambo Sanhá denunciou hoje o que considera ser a "falta de quase tudo" no país e apelou ao Governo para subvencionar o preço de alguns produtos.

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Lusa
15/03/2022 19:56 ‧ 15/03/2022 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

Falando no âmbito do Dia Mundial do Consumidor, que hoje se assinala, sob o lema "serviços financeiros e digitais", Sanhá disse que na Guiné-Bissau os direitos do consumidor "são violados diariamente" através de falhas e faltas "de quase tudo".

O secretário-geral da Acobes deu como "exemplo gritante", o facto de as pessoas passarem "muito tempo" numa agência bancária, "às vezes um dia inteiro" à espera de serem atendidas para realizar uma operação "simples num outro país".

Além de atrasos no atendimento no banco e noutros serviços públicos, Bambo Sanhá afirmou que o consumidor na Guiné-Bissau é confrontado com "taxas ocultas", pagamentos desconhecidos, fraude no sistema informático, falta de compensação pelas avarias de equipamentos provocadas pelos fornecedores de serviços, fraca qualidade de Internet e uma rede móvel sem cobertura nacional.

A juntar a tudo isso, Sanhá disse ainda que o consumidor na Guiné-Bissau tem falta de estradas e de energia elétrica, situações que não facilitam a inclusão financeira dos cidadãos.

"Mesmo com estas situações todas há um roubo autêntico aos consumidores" na Guiné-Bissau, sublinhou Bambo Sanhá.

O secretário-geral da Acobes aproveitou a ocasião para reforçar o apelo ao primeiro-ministro, Nuno Nabiam, no sentido de o Governo subvencionar os preços de alguns produtos de primeira necessidade.

 O defensor do consumidor na Guiné-Bissau disse recear que as consequências da pandemia de covid-19 e ainda o agudizar da guerra da Rússia na Ucrânia possa fazer disparar ainda mais o preço de produtos de primeira necessidade.

Leia Também: Governo da Guiné-Bissau retira quatro licenças de prospeção do petróleo

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