A Casa Branca, que confirmou hoje a viagem do chefe de Estado norte-americano a Bruxelas em 24 de março, para participar em cimeiras da União Europeia (UE) e da NATO, não descartou também que Biden realize outras visitas oficiais dentro da Europa.
A porta-voz da presidência norte-americana, Jen Psaki, realçou que durante a cimeira extraordinária da NATO, Joe Biden irá "reafirmar o forte compromisso" dos EUA com os seus aliados na Aliança Atlântica e abordará ainda os "esforços de dissuasão e defesa para responder ao ataque injustificado e não provocado da Rússia à Ucrânia".
Já na reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), o Presidente dos Estados Unidos irá avaliar os "esforços transatlânticos para impor custos económicos à Rússia, fornecer apoio humanitário às pessoas afetadas pela violência e enfrentar outros desafios relacionados com o conflito".
Questionada sobre se poderiam haver mais escalas em outros países europeus, a porta-voz respondeu que os detalhes da viagem do chefe de Estado norte-americano ainda estão a ser decididos e que, por enquanto, não tinha mais informações para partilhar.
Segundo os 'media' norte-americanos, a Casa Branca também está a considerar uma possível paragem na Polónia, país que recebeu a visita, na semana passada, da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, que também esteve na Roménia.
Jen Psaki realçou que a Casa Branca está interessada na "crise de refugiados" que está a ocorrer na Europa Orienta, na sequência da guerra na Ucrânia, mas também indicou que não tem mais detalhes para adiantar por agora.
Esta será a segunda vez que Biden participará presencialmente numa cimeira de líderes da NATO em Bruxelas, após ter marcado presença em 14 de junho, quando também participou na reunião do G7, no Reino Unido, entre 11 a 13 de junho do ano passado.
A viagem de Biden à Europa tinha sido hoje avançada por fontes europeias.
Entretanto, através da rede social Twitter, o secretário-geral da NATO anunciou também uma "cimeira extraordinária a 24 de março na sede" da Organização do Tratado do Atlântico Norte, também na capital belga.
"Iremos abordar a invasão da Ucrânia pela Rússia, o nosso forte apoio à Ucrânia e o reforço da dissuasão e defesa da NATO", precisou Jens Stoltenberg, adiantando que, "neste momento crítico, a América do Norte e a Europa devem continuar unidas".
A presença de Biden em Bruxelas surge numa altura de aceso confronto armado na Ucrânia devido à invasão russa e em que o Ocidente agrava as sanções económicas e individuais ao regime russo.
Também através de uma mensagem publicada no Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, indicou estar "satisfeita por continuar as discussões com Joe Biden na sua visita a Bruxelas a 24 de março".
Lembrando a "coordenação muito estreita relativamente à Ucrânia nas últimas semanas", entre a UE e os Estados Unidos, Ursula von der Leyen concluiu que "a unidade e coordenação transatlântica continuam a ser cruciais para aumentar a pressão sobre o Kremlin [Presidência russa] no sentido de parar com esta guerra injustificada".
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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