Primeiros-ministros polaco, checo e esloveno encontraram-se com Zelensky
Os primeiros-ministros polaco, checo e esloveno encontraram-se hoje com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev, naquela que foi a primeira visita de líderes estrangeiros à capital ucraniana desde o início da invasão russa.
© Twitter/Mateusz Morawiecki
Mundo Guerra na Ucrânia
Pouco depois de terem chegado de comboio a Kiev, os três líderes discutiram a situação com Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro ucraniano, Denis Chmyhal.
"Eles estão a bombardear todos os lugares. Não apenas Kiev, mas também as regiões ocidentais", disse o chefe de Estado da Ucrânia, num vídeo publicado no Telegram.
Após a reunião, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, encorajou a União Europeia (UE) a "dar muito rapidamente o 'status' de candidato à Ucrânia", acrescentado que vão "tentar organizar armas defensivas".
"Nunca vamos deixá-los sozinhos. Vamos estar convosco [ucranianos], porque sabemos que vocês não estão a lutar apenas pela vossa liberdade, pela vossa casa e pela vossa segurança, mas também por nós", prosseguiu no Twitter Mateusz Morawiecki.
Europe must understand that if it loses Ukraine it will never be the same again. It will no longer be Europe. Rather it will be a defeated, humiliated and pathetic version of its former self. I want a strong and resolute Europe. pic.twitter.com/ENMRSDNuVU
— Mateusz Morawiecki (@MorawieckiM) March 15, 2022
O chefe do Governo da Polónia, o vice-primeiro-ministro polaco, Jaroslaw Kaczynski, o primeiro-ministro checo, Petr Fiala e o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, foram a Kiev para afirmar o "apoio inequívoco" da União Europeia (UE) à Ucrânia.
Denis Chmyhal elogiou "a coragem dos verdadeiros amigos da Ucrânia".
Esta é a primeira visita de líderes estrangeiros à capital ucraniana desde o início da ofensiva russa em 24 de fevereiro.
O encontro ocorre numa altura em que as forças russas tentam cercar Kiev.
Na manhã de hoje, o Governo polaco anunciou que os três primeiros-ministros estavam a viajar para a Kiev "como representantes do Conselho Europeu, para se encontrarem com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro, Denys Chmygal", de acordo com um comunicado governamental.
O objetivo da visita é "reafirmar o apoio inequívoco de toda a União Europeia à soberania e independência da Ucrânia e apresentar um pacote abrangente de medidas de apoio ao Estado e à sociedade ucraniana", sustenta o texto publicado no 'site' na Internet do Governo da Polónia.
Uma fonte europeia em Bruxelas indicou que, embora sejam membros do Conselho Europeu, os três chefes de governo não têm num mandato oficial, uma vez que não houve conclusões no material formalmente adotado em Versalhes (França).
É recordado ainda que o Presidente francês, Emmanuel Macron, também não tinha mandato quando se deslocou a Moscovo.
O plano da viagem de hoje foi comunicado à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, à margem da cimeira de Versalhes na passada sexta-feira, depois confirmado na noite de segunda-feira, segundo a mesma fonte.
Os preparativos foram administrados por Morawiecki que consultou novamente Ursula von der Leyen e Charles Michel na segunda-feira.
A ofensiva russa intensificou-se na Ucrânia na terça-feira, com uma série de ataques em Kiev, apesar da retomada das negociações visando alcançar um cessar-fogo e de uma grande cedência de Volodymyr Zelensky, que disse estar preparado para desistir da adesão à NATO.
Pelo menos quatro pessoas morreram e cerca de 40 outras foram resgatadas com vida de prédio num distrito ocidental de Kiev, após um ataque russo, segundo um relatório das autoridades locais.
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