"A organização já está a fornecer a Kyiv a assistência humanitária necessária à população civil e aos hospitais da cidade", escreveu o autarca na rede social Telegram, juntamente com uma foto da reunião.
O CICV anunciou que a deslocação de Maurer a Kyiv, seguida de uma visita a Moscovo, destina-se a avaliar os desafios enfrentados pelos civis por causa da guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro.
"Discutimos os esforços conjuntos para prevenir a possibilidade de uma catástrofe humana na Ucrânia. Parar o derramamento de sangue e o sofrimento da população civil", disse Klichko, citado pela agência espanhola EFE.
O presidente da câmara de Kyiv expressou o seu apreço por o CICV "estar a ajudar a Ucrânia, especialmente nas cidades onde a situação é mais difícil, devido aos ataques russos".
"É um sinal importante que o presidente da organização se encontre hoje na Ucrânia", acrescentou.
O CIV anunciou que a deslocação do seu presidente a Kyiv, a que seguirá uma visita a Moscovo, destina-se a pedir às partes em conflito que facilitem os esforços humanitários.
Maurer também vai apelar nas duas capitais para uma maior proteção dos civis na guerra na Ucrânia.
"Tendo em conta o enorme sofrimento da população civil e na sequência das nossas conversações virtuais intensivas com os governos russo e ucraniano, é importante que tenhamos contactos pessoais para que compreendam a necessidade de um trabalho humanitário neutro, independente e imparcial", disse Maurer, citado num comunicado do CICV.
Maurer chegou à Ucrânia um dia depois de o CICV ter escoltado a retirada de civis na cidade sitiada de Sumy, no nordeste da Ucrânia, em dois comboios de 80 autocarros para Lubny, 200 quilómetros a sudoeste.
Também na terça-feira, um comboio do CICV de 11 camiões com 200 toneladas de ajuda humanitária chegou ao território ucraniano.
O CICV trabalha na Ucrânia desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia e patrocinou uma guerra separatista no Donbass, no leste do país, que provocou mais de 14.000 mortos desde então.
A organização com sede na cidade suíça de Genebra tem uma equipa de mais de 600 pessoas na Ucrânia.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 21.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, bem como mais de três milhões de refugiados.
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