"A Letónia expulsou três funcionários da Embaixada da Rússia devido a atividades contrárias ao seu estatuto diplomático e tendo em conta a contínua agressão russa na Ucrânia", anunciou, na rede social Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Edgars Rinkevics, acrescentando que a decisão foi coordenada com a Lituânia e com a Estónia.
As diplomacias destes dois países anunciaram, entretanto, a expulsão de quatro e três diplomatas russos, respetivamente.
Também hoje, a Bulgária anunciou que vai expulsar 10 diplomatas russos por "atividades incompatíveis com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", justificação frequentemente usada para acusar a deteção de atos de espionagem.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, disse que "os ataques militares da Rússia contra civis, bens civis, hospitais, escolas, maternidades e bens culturais são crimes de guerra e crimes contra a humanidade".
"Os serviços especiais russos estão ativamente envolvidos na organização desses crimes contra a população pacífica da Ucrânia. Por isso não queremos que representantes dessas estruturas caminhem nas nossas terras e representem uma ameaça à segurança nacional da Lituânia", acrescentou Landsbergis.
Na Estónia, o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Rein Tammsaar, que entregou ao embaixador russo uma nota indicando as três expulsões, justificadas por violações da Convenção de Viena, denunciou a "flagrante violação" do direito internacional que constitui o que Moscovo apelida de "operação militar especial" na Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,2 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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