Pelo menos um ferido em manifestação dispersada por soldados russos
As tropas russas dispersaram hoje um protesto em Kherson, cidade ocupada no sul da Ucrânia, com tiros de armas automáticas e gás lacrimogéneo, causando pelo menos um ferido, segundo um responsável regional e meios de comunicação locais.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
As imagens de vídeo transmitidas nas redes sociais por dois meios de comunicação locais, os sites Souspilné Novini e Most Kherson, mostram dezenas de manifestantes a avançar em direção ao centro de uma praça e, ao mesmo tempo, os soldados a ir de encontro a eles.
Estes meios falam de pelo menos um ferido, mostrando imagens de um homem idoso ensanguentado num vídeo cuja veracidade não pode ser comprovada, salienta a agência espanhola EFE.
A agência de notícias ucraniana Ukrinform fala de várias pessoas com ferimentos.
Segundo o vice-presidente do Conselho Regional, Yury Sobolevsky, as forças russas disparam para o ar e utilizaram granadas de atordoamento e gás lacrimogéneo para dispersam manifestantes pacíficos que pediam a retirada das tropas russas.
Kherson, perto da Crimeia, território ucraniano ocupado e anexado por Moscovo em 2014, é a primeira grande cidade (mais de 200.000 habitantes) ocupada pelas forças russas após a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.
Desde então tem sido palco de manifestações regulares dos seus habitantes contra o ocupante.
A Rússia lançou, a 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia, depois de meses a concentrar militares e armamento na fronteira com a justificação de estar a preparar exercícios.
A guerra já matou pelo menos quase mil civis e feriu cerca de 1.500, incluindo mais de 170 crianças, de acordo com as Nações Unidas. Além disso, o conflito provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas das suas casas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos.
Segundo a ONU, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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