A conferência insere-se numa campanha chamada "Stand Up for Ukraine" (Levanta-te pela Ucrânia), desenvolvida em colaboração com a organização internacional da sociedade civil Global Citizen, que luta contra a pobreza extrema.
O objetivo é "mobilizar governos, instituições, artistas, empresas e indivíduos para que dirijam financiamento que apoie os esforços de ajuda humanitária na Ucrânia e nos países vizinhos" e a organização dará mais pormenores nos próximos dias sobre o evento, explicaram hoje a Comissão Europeia e o Governo do Canadá em comunicado.
O toque final da campanha, que será realizada em grande parte 'online', será a conferência de doadores patrocinada pela União Europeia (UE) e por Otava.
"A UE está a atender às necessidades dos milhões de refugiados que acolhe e fá-lo-á ainda mais. Mas é preciso muito e o valente povo da Ucrânia merece a solidariedade de cidadãos e Governos de todo o mundo", disse Von der Leyen, citada no comunicado.
"Hoje a nossa mensagem para os ucranianos é esta: Estamos convosco. Se precisarem de comida, água, teto ou ajuda médica, estamos a reunir o mundo para continuar a apoiar-vos e a proporcionar ajuda onde for mais necessária", disse por seu lado Trudeau.
Segundo dados da Comissão Europeia, a invasão russa da Ucrânia já fez mais de 6,5 milhões de deslocados dentro do país e obrigou 3,5 milhões de pessoas a fugir para os países vizinhos, entre os quais dois milhões de crianças.
A UE e o Canadá, juntamente com outros parceiros e aliados, como os Estados Unidos ou o Reino Unido, reafirmaram esta semana em cimeiras da NATO e do G7 em Bruxelas, o seu apoio à Ucrânia e a sua intenção de contribuir em diferentes frentes, não só com ajuda militar, mas também com assistência humanitária e aos refugiados.
Von der Leyen e Trudeau explicaram esta semana que a experiência do Canadá é especialmente útil porque o país acolhe a segunda maior comunidade internacional de cidadãos ucranianos, apenas atrás da Rússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,7 milhões foram para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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