Mais de 70 doentes e funcionários que estavam no hospital pediátrico bombardeado em Mariupol, na Ucrânia, estão entre as cerca de 20 mil pessoas que foram deportadas, contra a sua vontade, para a Rússia.
A notícia é avançada pela autarquia de Mariupol e citada pelo Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação, que faz parte do governo ucraniano.
“Os ocupantes continuam a sequestrar os residentes de Mariupol. Mais de 70 pessoas foram retiradas à força da maternidade do distrito de Levoberezhny - são profissionais médicos e pacientes”, afirmou a autarquia no Telegram, acrescentando que cerca de 20 mil pessoas foram obrigadas a ir para a Rússia.
️ Russian military forcibly deported to Russia more than 70 patients and staff members of the maternity hospital in Mariupol, the city council reports. #SaveMariupol #StopRussia
— Stratcom Centre UA (@StratcomCentre) March 29, 2022
Recorde-se que 17 pessoas ficaram feridas e outras quatro morreram, incluindo duas crianças, na sequência de um bombardeamento de tropas russas a um hospital pediátrico, que incluía uma maternidade, em Mariupol.
A conquista de Mariupol, sitiada por tropas russas há várias semanas, é apontada como um dos principais objetivos da ofensiva militar, uma vez que permite ligar as regiões separatistas do Donbass à península da Crimeia, anexada em 2014 por Moscovo. Além disso, possui o maior porto da região do Mar de Azov e importantes fábricas do setor metalúrgico.
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