O presidente de França, Emmanuel Macron, assegurou esta terça-feira ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, que os países ocidentais não vão pagar pelo gás russo em rublos - algo que o líder russo exigiu aos “países hostis”.
“A França é contra o pagamento em rublos”, afirmou fonte do Palácio do Eliseu, citado pela agência de notícias Reuters.
Os líderes conversaram hoje por telefone e Macron reiterou a necessidade de realizar uma missão humanitária para retirar a população civil de Mariupol. Na conversa, Putin reconheceu o “progresso” feito nas negociações e apelou à rendição das tropas “nacionalistas” ucranianas que defendem Mariupol.
Recorde-se que, na semana passada, o presidente russo deu ordem ao banco central da Rússia para que desenvolva um mecanismo que permita os pagamentos das vendas de gás apenas em rublos para países europeus e outros que classificou como “hostis”. O objetivo é retaliar as sanções impostas contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia.
Ontem, os países do G7 consideraram que a exigência de Moscovo é "inaceitável" e recusaram ceder. "Todos os ministros do G7 estiveram de acordo sobre o facto de se tratar de uma violação unilateral e clara dos contratos existentes (...) o que significa que um pagamento em rublos não é aceitável", disse o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, após uma reunião com os seus homólogos do G7.
Assinala-se esta terça-feira o 34.º dia desde o início da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), 1.151 civis foram mortos e 1.804 ficaram feridos até ao final do dia de domingo.
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