Volodymyr Zelensky avisou que "se não houver armas, sanções, restrições aos negócios russos", os diplomatas "podem começar a procurar outro trabalho".
O governante anunciou a cessação da missão diplomática dos embaixadores em Marrocos e na Geórgia, que tem parte do seu território ocupado pelos russos.
A república separatista georgiana da Ossétia do Sul anunciou na quarta-feira que irá "em breve" tomar medidas de integração com a Rússia, que reconheceu a independência em 2008 após uma breve guerra com a Geórgia.
"Há aqueles que trabalham em conjunto com todos para defender o Estado. Para que a Ucrânia possa ganhar o seu futuro. Estamos gratos pelo trabalho de cada uma destas pessoas. E há aqueles que perdem tempo e trabalham apenas para se manterem no cargo. Assinei hoje o primeiro decreto para retirar o embaixador ucraniano de Marrocos. O embaixador georgiano também foi chamado de volta", acrescentou.
"Espero resultados concretos nos próximos dias dos nossos representantes na América Latina, Médio Oriente, Sudeste Asiático e África", disse Zelensky, frisando esperar os mesmos resultados por parte dos adidos militares.
"Espero os mesmos resultados dos adidos militares nos próximos dias. A frente diplomática é uma das principais frentes. E todos ali devem trabalhar da forma mais eficiente possível para vencer e ajudar o exército. Todos devem trabalhar na linha de frente diplomática, tal como todos os nossos defensores no campo de batalha", sustentou.
Segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform, Zelensky anunciou a retirada do embaixador no Quirguizistão em 01 de março.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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