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Antiga procuradora internacional pede mandado de prisão para Putin

A ex-procuradora internacional Carla Del Ponte pediu ao Tribunal Penal Internacional um mandado de prisão para o Presidente russo, Vladimir Putin, após a invasão à Ucrânia.

Antiga procuradora internacional pede mandado de prisão para Putin
Notícias ao Minuto

14:20 - 02/04/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Putin é um criminosos de guerra", afirmou Del Ponte, em declarações ao diário suíço Le Temps, notando que a emissão de um mandado de detenção é necessária para responsabilizar Putin e outros dirigentes pelos crimes cometidos desde a invasão da Ucrânia.

Para Carla Del Ponte, a antiga procuradora que se tornou conhecida após lidar com casos como o genocídio no Ruanda, esta é a única forma de prender um "autor de um crime de guerra" e colocá-lo perante a justiça internacional.

No entanto, ressalvou que a emissão do mandado não garante a prisão de Putin, caso este continue na Rússia.

Contudo, o Presidente russo ficará impossibilitado de deixar o país, o que constitui "um sinal de que muitos estados estão contra ele".

Por outro lado, defendeu ser preciso encontrar provas que incriminem altos funcionários políticos e militares.

"A dificuldade é justamente chegar ao topo da cadeia de comando para identificar quem planeou, ordenou e executou esses crimes de guerra", concluiu.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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