"O fogo foi extinto, mas a central foi completamente destruída e não pode continuar a funcionar", disse o responsável da administração militar da região de Poltava, Dmitro Lunin, citado pelo PAP.
Lunin informou que várias pessoas ficaram feridas no ataque e sofreram queimaduras graves, embora não corram risco de morte.
O responsável acrescentou que se evitou uma catástrofe ambiental e os serviços de emergência estão a acompanhar de perto a situação. Por outro lado, Lunin apelou aos moradores da zona que não acumulassem combustível e criassem uma "escassez artificial", uma vez que o abastecimento está garantido.
O Ministério da Defesa russo já havia anunciado que usou "armas de alta precisão e longo alcance" para atacar a refinaria, localizada na região central de Poltava, e "que fornecia as tropas ucranianas no centro e leste do país".
Segundo o jornal ucraniano "Ukrainskaya Pravda", a refinaria de Kremenchuk era a maior do país e tinha capacidade para 18,6 milhões de toneladas de petróleo bruto.
A segunda refinaria do país, na região leste de Kharkiv, suspendeu as operações e está praticamente inativa desde 26 de fevereiro, dois dias após o início da invasão russa, devido ao perigo de se tornar alvo da artilharia russa.
No caso de Kremenchuk, as autoridades consideraram que a refinaria estava bem protegida e que não havia risco de ataque iminente.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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