A agência de notícias France-Presse esteve no local, relatando que eram visíveis uma dúzia de cadáveres, alguns apenas parcialmente enterrados.
"Aqui nesta longa vala, estão enterradas 57 pessoas", afirmou o chefe da proteção civil local, Serhii Kaplytchny, que organizou a retirada dos corpos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, já tinha denunciado hoje um "massacre deliberado" na cidade de Busha, onde muitos cadáveres estão a ser descobertos.
"O massacre de Busha foi deliberado. Os russos querem eliminar o maior número possível de ucranianos. Devemos prendê-los e expulsá-los. Exijo novas sanções devastadoras do G7 AGORA", publicou o ministro na rede social Twitter.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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