Segurando uma faixa e pedir "Acolhimento para todos", os manifestantes, entre os quais várias dezenas de afegãos que vivem num campo de refugiados, reivindicaram "um teto para todos" e entoaram "Cabul, Kiev, o mesmo combate".
"Vivo numa tenda com dois companheiros, sem duche, nem casa de banho e ao frio", disse um dos manifestantes afegãos à agência France Presse, questionando a diferença de tratamento relativamente aos ucranianos.
Segundo Raphaël de Bengy, membro de uma organização de solidariedade local, "as condições de acolhimento formidáveis e normais de que beneficiam os refugiados ucranianos devem ser as mesmas para todos os refugiados".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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