"As exposições de pinturas russas [emprestadas] a Itália e Japão estão em território russo", disse o Ministério, em comunicado, acrescentando que três veículos que transportam as obras de arte cruzaram a fronteira entre a Finlândia e a Rússia, a caminho de museus em São Petersburgo e Moscovo, de onde eram originárias.
As autoridades finlandesas anunciaram na quarta-feira que apreenderam pinturas, estátuas e outras peças antigas emprestadas de museus russos para museus na Itália e no Japão, já que as autoridades alfandegárias consideraram que a sua transferência pela Finlândia arriscava violar as sanções da União Europeia à Rússia, por causa da invasão da Ucrânia.
Na quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia convocou o embaixador finlandês em Moscovo, para exigir a devolução dessas obras de arte, denunciando uma decisão "legal arbitrária".
No mesmo dia, o chefe da diplomacia da Finlândia, Pekka Haavisto, disse que o seu país estava em conversações com Bruxelas para encontrar uma forma de devolver as obras de arte à Rússia, o mais rápido possível.
Já hoje, o Ministério da Cultura francês anunciou que duas pinturas da coleção Morozov, que estiveram em exibição em, Paris permaneceriam em França.
A exposição, que apresentou obras-primas de Van Gogh, Gauguin, Renoir, Cézanne, Matisse, Bonnard, Monet, Manet, e pintores russos como Malevitch e Repin, atraiu mais de um milhão de visitantes.
Foi a primeira vez que esta coleção de pinturas saiu da Rússia para ser exibida no estrangeiro.
Uma das obras - pertencente a um oligarca russo alvo de medidas de congelamento de bens - e outra - pertencente ao Museu de Belas Artes de Dnipropetrovsk, no leste da Ucrânia, e que corre o risco de ser danificada pela guerra -- permanecerão em França, informou o Ministério da Cultura de França.
A maioria das obras deve regressar às suas instituições originais, como o Museu Pushkin e a Galeria Tretyakov, em Moscovo, ou como o Museu Hermitage, em São Petersburgo.
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