"Bom dia, sou Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, viajei num fantástico comboio dos caminhos de ferro ucranianos da Polónia para Kyiv", anuncia no vídeo, divulgado um dia após a sua visita surpresa à capital ucraniana e onde surge de pé, a bordo de um comboio, envergando uma camisa branca e uma camisola azul.
"Chamam-vos o 'povo de ferro'. Tal está relacionado com o vosso trabalho, mas reflete a vossa mentalidade, uma verdadeira mentalidade que os ucranianos estão a mostrar ao resistir à terrível agressão russa", acrescenta o primeiro-ministro britânico.
Boris Johnson apresenta também as suas condolências às vítimas do ataque com um míssil à estação ferroviária em Kramatorsk, no leste ucraniano, na sequência do qual perderam a vida 52 pessoas, oito das quais crianças.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reuniu-se este sábado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Kyiv, numa visita à capital ucraniana que não foi divulgada previamente.
Durante o encontro, os dois líderes falaram sobre ajuda económica e militar e Boris Johnson anunciou uma nova rubrica de financiamento de 500 milhões de dólares (cerca de 450 milhões de euros) para a Ucrânia através do Banco Mundial, o que eleva o montante total de fundos comprometidos por esse meio para 1.000 milhões de dólares (cerca de 910 milhões de euros).
A ajuda financeira, ainda sujeita à aprovação do Parlamento britânico, pretende "continuar a manter os serviços humanitários vitais em funcionamento", segundo um comunicado do Governo do Reino Unido.
Boris Johnson prometeu ainda fornecer à Ucrânia 120 veículos blindados e mísseis antinavio, bem como 800 projéteis antitanque, para fazer frente às forças invasoras russas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,4 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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