Armas químicas? Sem confirmar, Zelensky admite que russos podem usá-las
Sem fazer referência ao alegado ataque químico em Mariupol, Presidente da Ucrânia assume que russos podem usar armas químicas e promete ainda uma "reconstrução história do país".
Mundo Ucrânia
O presidente da Ucrânia admitiu hoje que as forças russas podem usar armas químicas na Ucrânia, mas não adiantou se já o fizeram.
As declarações surgem depois de o batalhão Azov ter acusado as forças russas de terem usado, pela primeira vez, armas químicas na Ucrânia. Contudo, Zelensky não se referiu a estes relatos - não confirmados - de que terão sido usadas armas químicas num ataque à cidade portuária de Mariupol.
No seu discurso diário em vídeo, Volodymyr Zelensky assegurou também que é uma "questão de tempo" até que a Rússia fique isolada do resto do mundo.
"O 47.º dia da guerra russo-ucraniana termina. Esta invasão vergonhosa", começou por escrever no texto que acompanha o vídeo. "Agora é só uma questão de tempo; com essas mesmas ações, esses crimes de guerra, o exército russo forçará todos no mundo a abandonar quaisquer vínculos com o estado russo."
Antes disso, numa publicação feita mais cedo também nas redes sociais, o líder ucraniano afirmou estar "confiante" de que o país será capaz de se reconstruir rapidamente depois dos danos significativos que tem sofrido durante a invasão russa.
"Esta será uma reconstrução histórica. Um projeto que vai inspirar o mundo tanto quanto a nossa luta pela liberdade. Assim como a nossa luta pela Ucrânia", escreveu Volodymyr Zelensky, numa mensagem partilhada nas redes sociais.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.842 civis, incluindo 148 crianças, e feriu 2.493, entre os quais 233 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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