Thomas Robertson foi considerado culpado de obstrução de procedimentos oficiais, desobediência civil, invasão de propriedade e adulteração de provas por um júri num julgamento que decorreu na capital dos EUA, na segunda-feira.
Ainda não há data para a leitura da sentença.
Robertson, um agente da polícia da cidade de Rocky Mount, no estado da Virgínia, no sudeste dos EUA, foi preso em janeiro de 2021 e despedido pouco depois.
O júri tinha começado a deliberar na tarde de sexta-feira, depois de ter ouvido várias testemunhas chamadas pela acusação, incluindo outros agentes policiais.
A procuradora do Departamento de Justiça norte-americano disse que Robertson foi "parte do problema" em 06 de janeiro de 2021 e que decidiu agir porque não gostou dos resultados das eleições.
O ex-agente foi um dos apoiantes do ex-Presidente dos EUA Donald Trump no grupo que atacou o Capitólio, numa tentativa de impedir a certificação da vitória do rival democrata Joe Biden, nas presidenciais de 2020.
"Este arguido colocou-se (...) no meio do primeiro grupo de manifestantes que causou horas de caos dentro do Capitólio", disse a procuradora Risa Berkower durante o julgamento.
O advogado de defesa defendeu que Robertson só viajou para Washington para participar numa manifestação. "Não havia planos para chegar lá e dizer: 'vou impedir o Congresso de realizar esta votação'", disse Mark Rollins.
Esta é a segunda condenação ligada ao ataque ao Capitólio.
No primeiro caso, numa sentença lida a 02 de abril, um homem que estacionou junto ao edifício uma carrinha carregada com pistolas, facas, uma besta e ingredientes para produzir "cocktails molotov" foi condenado a três anos e 10 meses de prisão.
Em 06 de janeiro de 2021, cerca de 10.000 pessoas, na maioria apoiantes de Trump, deslocaram-se até o Capitólio. Cerca de 2.500 invadiram o edifício e centenas entraram em confrontos com as forças de segurança.
Mais de 770 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados com os distúrbios. Mais de 250 delas declararam-se culpadas, principalmente por infrações, e mais de 140 deles foram sentenciados.
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