Trump avisou Alemanha sobre dependência energética em 2018. Alemães riram

Em 2018, num discurso na Assembleia Geral da ONU, Trump disse aos alemães para evitar a dependência do gás natural russo.

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Notícias ao Minuto
13/04/2022 10:58 ‧ 13/04/2022 por Notícias ao Minuto

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As intervenções do antigo presidente norte-americano Donald Trump não ficaram conhecidas por serem bem acolhidas pela comunidade internacional, muito menos pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2018, o discurso do presidente foi gozado pelos diplomatas presentes mas, quatro anos depois, o Twitter está a recordar a intervenção sobre o gás natural russo e a estranha previsão feita por Trump.

Durante uma intervenção no pódio da Assembleia Geral, o antigo líder dos Estados Unidos da América queixou-se da Alemanha e do gasoduto Nord Stream 2, construído para ligar diretamente o fornecimento de gás natural russo para o território alemão, através do Báltico.

"A Alemanha tornar-se-á totalmente dependente da energia russa se não mudar imediatamente de rumo. No hemisfério ocidental, estamos empenhados em manter a nossa independente da invasão de poderes estrangeiros expansionistas", afirmou o antigo presidente.

O vídeo da intervenção voltou a circular no Twitter, para demonstrar a forma como os diplomatas alemães reagiram. Quando Trump mencionou essa dependência energética, a delegação alemã respondeu com risos e incredulidade.

Trump também elogiou a Polónia por desenvolver um gasoduto no Báltico, argumentando que a "dependência num único fornecedor estrangeiro pode deixar uma nação vulnerável a extorsão e intimidação".

O discurso na ONU tornou-se icónico, no entanto, pelo momento em que Trump se gabou de liderar a administração dos Estados Unidos que "fez mais do que qualquer outra administração da história do nosso país".

A frase foi acolhida com muitos risos por parte da plateia. No rescaldo da intervenção, Trump garantiu que a assembleia estava a rir-se "com ele", e não dele.

Na altura, as declarações de Trump foram interpretadas com algum grau de hipocrisia pois, em julho de 2018, dois meses antes da intervenção, o presidente americano colocou-se do lado de Putin (e contra as suas próprias agências de inteligência) numa memorável conferência de imprensa em Helsínquia.

Recorde-se que o processo de certificação da empresa Nord Stream 2 AG foi suspenso, adiando a entrada em funcionamento do gasoduto, uma consequência do espoletar da guerra na Ucrânia.

As relações entre Trump e Putin foram um tema constante ao longo da presidência do milionário, dada a interferência russa nas eleições de 2016, através de desinformação nas redes sociais e nos meios de comunicação, ajudando a eleger Trump para a Casa Branca.

Ao longo do seu mandato, o então presidente salientou várias vezes a possibilidade dos EUA e da Rússia se entenderem melhor, minando os relatórios e os avisos de especialistas que alertaram para a influência russa na administração norte-americana.

Leia Também: Costa Silva defende que Europa deve superar dependência do gás russo

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