"São dois povos irmãos". Macron rejeita usar termo "genocídio"

Presidente francês frisa que pretende “continuar a tentar, tanto quanto puder, parar esta guerra e reconstruir a paz”. 

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Márcia Guímaro Rodrigues
13/04/2022 11:24 ‧ 13/04/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente de França, Emmanuel Macron, recusou descrever a invasão russa da Ucrânia e as ações das tropas russas contra civis como “genocídio”. Em entrevista à televisão estatal France 2, esta quarta-feira, o chefe de Estado francês referiu que a Rússia e a Ucrânia são “dois povos irmãos”.

“Eu teria cuidado com esse termo [genocídio] porque estes são dois povos [russos e ucranianos] irmãos”, disse, quando questionado sobre a posição do seu homólogo norte-americano, Joe Biden. 

Saliente-se que o presidente dos Estados Unidos da América (EUA) utilizou, ontem, pela primeira vez o termo “genocídio” em relação à guerra na Ucrânia. “O orçamento familiar ou a capacidade de abastecimento de combustível, nada disso deve depender de um ditador declarar guerra e cometer genocídio no outro lado do mundo”, salientou.

Já Macron, que se encontra na corrida para um segundo mandato enquanto presidente de França, frisa que pretende “continuar a tentar, tanto quanto puder, parar esta guerra e reconstruir a paz”

“O que podemos dizer com certeza é que a situação é inaceitável e que são crimes de guerra. Estamos a viver crimes de guerra sem precedentes no nosso solo – no nosso solo europeu”, acrescentou.

Referindo que a Rússia “iniciou unilateralmente uma guerra extremamente brutal” contra a Ucrânia, Macron sublinha que “agora foi estabelecido que o exército russo cometeu crimes de guerra” e que “os responsáveis devem ser encontrados”.

Assinala-se, esta quarta-feira, o 49.º dia da invasão russa da Ucrânia. No total, a guerra já fez mais de 1.800 mortos entre a população civil, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito maior.

Leia Também: AO MINUTO: 190 crianças mortas; Mil militares renderam-se em Mariupol

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