AO MINUTO: Rússia lança ameaças; "É cedo" para voltar a Kyiv

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia.

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Hélio Carvalho
14/04/2022 08:15 ‧ 14/04/2022 por Hélio Carvalho

Mundo

Ucrânia/Rússia

A invasão russa na Ucrânia entrou esta quinta-feira no 50.º dia, numa altura que os russos continuam a intensificar a sua presença no leste da Ucrânia e nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk. Os ucranianos continuam a negar relatos russos de uma tomada do porto de Mariupol, afirmando que a batalha continua na cidade.

No plano diplomático, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, juntou-se ao presidente norte-americano, Joe Biden, na classificação das ações das tropas russas em Bucha e noutros subúrbios de Kyiv como "genocídio", apesar de ele próprio não usar a palavra.

Já o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, a invasão fez mais de 4,7 milhões de refugiados, com a grande maioria a fugir para a Polónia.

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia:

15h00 - Boa tarde. Terminamos aqui a nossa cobertura AO MINUTO dos acontecimentos na Ucrânia. Pode continuar a seguir a nossa cobertura até ao final do dia aqui. Até já!

14h52 - Mais de 4,7 milhões fugiram do país em 50 dias de conflito

Mais de 4,7 milhões de ucranianos fugiram do seu país desde a invasão pela Rússia, há 50 dias, dos quais cerca de 60% foram para a Polónia, anunciou hoje o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR).

14h41 - Reino Unido recebeu 16.400 refugiados, ONU alerta para riscos

Cerca de 16.400 refugiados ucranianos chegaram ao Reino Unido após a concessão do visto obrigatório, segundo dados preliminares divulgados hoje pelo Governo britânico, hoje alertado pela ONU para o risco existente para mulheres e crianças.

14h35 - Putin culpa UE de "desestabilizar o mercado" da energia

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou hoje a União Europeia (UE) de desestabilizar o mercado da energia e provocar aumentos de preços com o debate sobre um embargo ao petróleo e gás russo, quando não tem fornecedor alternativo.

14h31 - Russos estarão a usar equipamento usado

O ministério da Defesa ucraniano afirmou que os russos estão a usar equipamento de proteção individual usado e gasto, demonstrando uma possível falta de armamento. A Sky News avisa que não conseguiu verificar a veracidade das alegações.

14h15 - Encontro entre Putin e Zelensky depende de acordo escrito

O Kremlin afirmou esta quinta-feira que uma reunião entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky está cada vez mais próxima. Citado pelo The Guardian, o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que Putin nunca pôs de parte uma reunião com o homólogo ucraniano e que a única condição para existir o encontro é um documento assinado por ambos.

"O presidente nunca recusou tal reunião, mas as condições apropriadas devem ser preparadas, nomeadamente o texto do documento", disse Peskov.

13h45 - Controlado incêndio no navio que lidera Frota do Mar Negro

A Rússia anunciou hoje que o incêndio e as explosões no cruzador 'Moskva' foram controlados, depois de a Ucrânia ter reivindicado o ataque contra o navio russo que lidera a Frota do Mar Negro.

O chefe da administração militar regional de Odessa, Maksym Marchenko, disse, na quarta-feira à noite, que as forças ucranianas atingiram o navio de guerra russo com mísseis 'Neptuno', causando "danos graves".

13h39 - Rússia acusa Ucrânia de atacar edifícios residenciais em Bryansk

Rússia acusou a Ucrânia de estar por detrás de um ataque a edifícios residenciais na vila de Klimovo, em Bryansk, esta quinta-feira, avançou a agência russa TASS. Segundo o mesmo meio de comunicação, sete pessoas ficaram feridas, entre elas uma mulher grávida e uma criança.

12h54 - Russos alegam ataque em posto fronteiriço com morteiro pela Ucrânia

Um posto fronteiriço na região russa de Bryansk, a norte da Ucrânia, terá sido atingido com morteiros provenientes da Ucrânia, alega esta quinta-feira o serviço de inteligência russo FSB. A Ucrânia reagiu à notícia através do conselheiro do ministério do Interior, Anton Herashchenko, que disse no Telegram, citado pela Reuters, que algo "caiu e pegou fogo" numa base militar.

12h46 - Militares portugueses partem na sexta-feira para a Roménia

Uma força de 221 militares portugueses parte na sexta-feira para a Roménia para participar numa missão de dissuasão da NATO, no contexto de guerra na Ucrânia, numa cerimónia que contará com a presença do Presidente da República.

12h33 - Parceiros do governo alemão querem envio de armas pesadas

Os dois parceiros minoritários do Governo de coligação da Alemanha - Verdes e Liberais - têm aumentado a pressão sobre o chanceler, o social-democrata Olaf Scholz, para enviar armas pesadas para a Ucrânia de forma a combater a agressão russa.

12h18 - Trump considera que tropas russas cometeram "genocídio"

O antigo presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a comentar a guerra na Ucrânia, considerando esta quinta-feira que os incidentes em Bucha e em outras regiões no país pelas tropas russas são ações de "genocídio", ecoando o que já foi dito pelo presidente Joe Biden.

"É tão triste de ver. O que está a acontecer na Ucrânia é genocídio", afirmou o ex-líder republicano, cuja relação próxima com Vladimir Putin e o Kremlin durante o seu mandato foi muito criticada, tanto internamente como na União Europeia e restantes aliados.

Trump fez o comentário em entrevista à televisão conservadora Fox News - um canal cujo principal comentador, Tucker Carlson, um dos mais vistos nos EUA, tem defendido a posição de Vladimir Putin e questionado o apoio dado à Ucrânia.

12h03 - Autarca de Dnpiro queixa-se da demora dos EUA em enviar mais armas

O autarca de Dnipro reafirmou os pedidos de mais armamento feitos pela Ucrânia, agradecendo ao presidente norte-americano, Joe Biden. pelas armas enviadas até hoje mas lamentando a demora. Em entrevista à Sky News, Borys Filatov realçou as várias semanas que as armas demoram a chegar à linha da frente - Dnipro fica a cerca de 190 quilómetros a noroeste de Mariupol - e que o novo pacote de armas enviado pelos Estados Unidos chega "tarde, tarde, tarde".

11h53 - Negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia estão "em andamento"

Mykhailo Podolyak, conselheiro presidencial ucraniano, revelou esta quinta-feira que as negociações para um possível cessar-fogo e acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia estão “em andamento”. No entanto, continuam sem chegar a um consenso quanto ao número de países que atuariam como “garantia de segurança” para a Ucrânia. 

11h37 - Pelo menos 197 crianças morreram desde o início da guerra na Ucrânia

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, a Procuradoria-Geral da Ucrânia dá conta de 197 crianças mortas e outras 350 feridas, segundo dados revelados esta quinta-feira.

O maior número de vítimas foi registado na região de Donetsk (115), seguindo-se a região de Kyiv (105), Kharkiv (81), Chernihiv (54) Mykolaiv (40), Kherson (38), Lugansk (36), Zaporizhzhia (23), a cidade de Kyiv (16), Sumy (16) e, por fim, Zhytomyr (15).

11h26 - Cara de Putin usada para... papel higiénico

O pivô da CNN Jake Tapper dá conta de uma forma de protesto 'interessante' na Ucrânia. Num supermercado de Lviv, a cara do presidente russo, Vladimir Putin, foi posta à venda, sob a forma de rolos de papel higiénico.

11h15 - Rússia abre processos contra alegada tortura a soldados russos

O Comité de Investigação da Rússia anunciou, esta quinta-feira, que vai avançar com processos criminais contra a alegada tortura de militares russos por soldados ucranianos, avança a agência de notícias Reuters. Em causa, diz a Rússia, está a “detenção ilegal” de soldados russos nas regiões de Zaporizhzhia e Mykolaiv. 

10h52 - Rússia diz que outros 134 militares ucranianos se renderam em Mariupol

A Rússia afirmou hoje que mais 134 combatentes se renderam na noite de quarta-feira em Mariupol, aumentando para 1.160 o número de militares ucranianos que "voluntariamente" depuseram as armas naquela cidade, segundo o Ministério da Defesa russo.

10h43 - Imagem de Nossa Senhora de Fátima destruída em ataque na Ucrânia

Soldados russos invadiram, profanaram e saquearam o seminário da Igreja Católica em Vorzel, uma pequena cidade na região de Kiev", na Ucrânia, e, "entre os objetos destruídos, está uma imagem de Nossa Senhora de Fátima e um cálice que São João Paulo II utilizou e ofereceu à Igreja ucraniana após a visita apostólica ao país em 2001". As informações foram reveladas, em comunicado, pela Fundação AIS. 

10h38 - Putin deixa Áustria continuar a pagar gás russo em euros

O chanceler austríaco, Karl Nehammer, revelou, esta quinta-feira, que o presidente russo, Vladimir Putin, vai permitir que o país continue a pagar o gás russo em euros, refere a Reuters. Recorde-se que, recentemente, Moscovo tinha feito um ultimato aos países para que começassem a pagar em rublos, com prejuízo de ficarem sem fornecimento de gás.

10h31 - Kyiv não está segura e "ainda é cedo" para regressar, diz autarca

O presidente da Câmara de Kyiv, Vitali Klitschko, pediu hoje aos habitantes que deixaram a cidade depois dos bombardeamentos russos que se mantenham afastados, já que a capital ucraniana está em alerta e não está totalmente segura.

10h25 - Ucrânia questiona propaganda russa sobre possível adesão da Suécia e Finlândia à NATO

O negociador ucraniano e conselheiro do presidente, Mykhailo Podolyak, questionou esta quinta-feira a propaganda russa, salientando o aumento do isolamento do Kremlin no resto do mundo. Através do Twitter, Podolyak ironizou sobre o Kremlin afirmar que "a operação está a ir conforme foi planeada", apesar da possível adesão da Suécia e Finlândia à NATO, os milhares de soldados mortos e o impacto da guerra e das sanções na economia.

10h09 - Ameaças russas não são "nada de novo"

A primeira-ministra da Lituânia, país que faz fronteira com o enclave russo de Kaliningrado, desvalorizou as ameaças russas sobre a adesão da Suécia e Finlândia à NATO, assim como a neutralidade nuclear no Báltico. Citada pelo The Guardian, Ingrida Simonyte disse que as ameaças, feitas por Dmitry Medvedev, foram feitas como se não houvesse armas na região, apesar de "a região de Kaliningrado ser uma zona muito militarizada há muitos anos".

"Foram sempre mantidas armas nucleares em Kaliningrado. A comunidade internacional e os países na região estão perfeitamente conscientes disto. Eles usam isto como uma ameaça", acrescentou Simonyte.

9h54 - Autarquia teme que mortos em Mariupol cheguem a 35 mil nos próximos dias

A autarquia de Mariupol repetiu hoje que à volta de 20.000 civis já morreram nos ataques russos à cidade portuária, adiantando temer que o número de vítimas mortais possa chegar a 35.000 nos próximos dias.

9h43 - Ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês a caminho de Kyiv

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Irlanda, Simon Coveney, está hoje a caminho de Kyiv, naquela que é a primeira visita de um chefe da diplomacia de um país não permanente do Conselho de Segurança da ONU desde o início da guerra na Ucrânia.

9h20 - Edifícios caídos, vidas destruídas. Eis Borodyanka após saída dos russos

Borodyanka, na região de Kyiv, foi uma das cidades ucranianas palco dos violentos bombardeamentos e confrontos, com as tropas russas de Putin a terem deixado para trás um rasto de terror. Edifícios caídos e vidas destruídas são, à semelhança de outras cidades ucranianas, o atual dia a dia desta localidade. 

8h55 - Rússia ameaça Finlândia e Suécia sobre possível adesão à NATO

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, voltou a deixar um aviso aos países nórdicos sobre uma possível adesão à NATO. Citado pela Reuters, Medvedev - que já foi primeiro-ministro e presidente da Rússia, ziguezagueando pelos cargos ao lado de Putin - deixou claro que "não pode haver mais discussão sobre o estatuto de neutralidade nuclear para o Báltico", acrescentando que os dois países se tornarão "inimigos" caso adiram à aliança.

8h32 - Tropas ucranianas destroem ponte com tropas russas

As autoridades ucranianas anunciaram a destruição de uma ponte em que seguiam tropas russas a caminho de Izyum, no extremo da região do Donbass, destruindo também uma coluna russa. A informação foi confirmada por um jornalista da Foreign Policy, que cobre notícias sobre o Pentágono, acrescentando que há mais colunas russas a caminho da cidade.

8h15 - Defesa ucraniana em Mariupol obriga a mobilização extra de tropas russas

A inteligência britânica comunicou esta quinta-feira que a defesa ucraniana na cidade de Mariupol está a complicar as contas russas, obrigando a uma maior mobilização de tropas para a cidade portuária e enfraquecendo o esforço de guerra russo noutras regiões.

Na atualização diária do ministério da Defesa do Reino Unido, publicada no Twitter, os britânicos afirmam que o discurso de Putin de terça-feira - em que o presidente russo garantiu que serão atingidos os "nobres objetivos" da invasão - leva a inteligência a prever uma renovada ofensiva no Donbass.

7h55 - "Portugal está solidário com o povo Ucraniano. A paz é o único caminho"

Depois de ter sido anunciada a data de 21 de abril para a declaração, por videoconferência, de Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, no Parlamento português, Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, deixou uma mensagem no Twitter onde reiterou que "Portugal está solidário com o povo Ucraniano".

7h45 - Russos estarão a mobilizar 70 mil pessoas para Donetsk

O ministério da Defesa ucraniano anunciou numa publicação no Facebook que as autoridades russas estarão a mobilizar cerca de 70 mil pessoas para a região da república separatista de Donetsk, numa tentativa de aumentar a presença militar no leste da Ucrânia, enquanto aumentam também o armamento disponível. No entanto, a Ucrânia refere que apenas consegue confirmar a presença de 20% deste número.

No comunicado, os ucranianos também desmentem os russos, que ontem afirmaram ter "libertado" o porto de Mariupol, afirmando que as "ações de assalto na cidade de Mariupol não foram bem-sucedidas" e que a batalha continua.

7h40 - Nove corredores humanitários previstos para esta quinta-feira

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, afirmou através do Telegram que serão abertos nove corredores humanitários, incluindo na cidade portuária de Mariupol, que continua cercada pelas tropas russas. As missões humanitárias têm sido constantemente impedidas pelos russos de chegar a Mariupol e a outras cidades, agonizando a crise, a fome e a falta de condições de vida nestes locais.

7h35 - MP ucraniano fala em quase 6.500 crimes de guerra.

O Ministério Público ucraniana alegou no Twitter que está a investigar 6492 alegados crimes de guerra, além de 2941 alegados crimes contra a segurança nacional ucraniana (a maioria relativa a invasão de território).

A autoridade aponta ainda que os russos mataram 197 crianças desde o início da invasão, e feriram outras 351 - um número mais elevados que os dados da Organização das Nações Unidas, que dá conta de 1.932 mortes civis, incluindo 85 crianças.

7h30 - Principais fontes digitais banidas na Rússia

A empresa norte-americana Monotype, dona das fontes Times New Roman, Arial, Verdana, entre outras, proibiu os seus principais tipos de letra de ser usados a partir de sites da Rússia, limitando a atividade de editores e publicistas russos.

7h25 - Rússia mantém missões na lua apesar de saída da Agência Espacial Europeia

A Rússia garantiu na quarta-feira que vai manter as suas missões lunares, em particular a primeira do novo programa Luna-25, apesar da suspensão da cooperação por parte da Agência Espacial Europeia (ESA) com os projetos russos.

7h20 - Federação Russa anuncia sanções a 398 congressistas dos EUA

A Federação Russa anunciou na quarta-feira que 398 congressistas dos EUA vão ser interditados de entrar no seu território, em represália a uma medida similar tomada pelos EUA para punir a invasão russa da Ucrânia.

7h15 - Cruzador russo no mar Negro "gravemente danificado", confirma Moscovo

O Ministério da Defesa russo confirmou hoje que o cruzador de mísseis Moskva, que lidera a frota da Rússia no mar Negro, ficou "gravemente danificado", na sequência de uma explosão de munições causada por um incêndio.

7h10 - Mundo "não presta a mesma atenção às vidas de negros e brancos", diz OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde defendeu na quarta-feira que o mundo "não presta o mesmo grau de atenção às vidas dos negros e às dos brancos", comparando a atenção dada à Ucrânia e a conflitos noutros países.

7h05 - Para recordar:

7h00 - Bom dia! Iniciamos aqui um novo registo para acompanhar todas as ocorrências relacionadas com a guerra na Ucrânia. Para recordar a cobertura do final do dia de ontem aqui.

Leia Também: AO MINUTO: Violência sexual? Rússia nega acusações; Mortes em Kharkiv

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