Nove corredores humanitários estão planeados para hoje", escreveu a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, numa mensagem publicada na rede social Telegram.
Segundo a responsável ucraniana, será criado um primeiro corredor entre Mariupol, cidade portuária devastada após mais de 45 dias de cerco, e Zaporijia, mais ao norte; e de Berdyansk, Tokmak e Energodar em direção a Zaporijia.
Os outros corredores planeados vão de Severodonetsk, atacado nos últimos dias pelo exército russo, Lyssytchansk, Popasna, Guirské e Rubizhne em direção a Bakhmut, 140 quilómetros a oeste de Lugansk.
Na quarta-feira, as autoridades ucranianas anunciaram que não iam retirar civis devido às "violações" russas do cessar-fogo.
"Os ocupantes [russos] não respeitam os padrões do direito internacional humanitário, como também não controlam adequadamente os seus homens no terreno. Tudo isso cria um nível de perigo nas estradas que fomos forçados a nos abster hoje [referindo-se à quarta-feira]" de realizar corredores humanitários abertos", criticou a vice-primeira-ministra.
Os corredores humanitários são geralmente organizados diariamente a partir das cidades mais afetadas pelos combates para permitir a retirar de civis em direção ao oeste da Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,6 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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