O Comité de Investigação da Rússia anunciou, esta quinta-feira, que vai avançar com processos criminais contra a alegada tortura de militares russos por soldados ucranianos, avança a agência de notícias Reuters. Em causa, diz a Rússia, está a “detenção ilegal” de soldados russos nas regiões de Zaporizhzhia e Mykolaiv.
“Os russos foram submetidos a violência física e tortura para os forçar a dar falsas explicações sobre as condições reais da suas detenções ilegais nas instalações do Serviço de Segurança da Ucrânia, bem como sobre a operação militar especial [da Rússia]”, afirmou o Comité.
Citado em comunicado, o chefe do Comité de Investigação, Alexander Bastrykin, revelou que foi também aberta uma investigação sobre os bombardeamentos contra civis na região separatista do Lugansk.
Recorde-se que, no final do mês de março, a Rússia anunciou que iria investigar um vídeo que mostrava supostos maus-tratos contra soldados russos capturados na Ucrânia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu as imagens como “monstruosas” e afirmou que os responsáveis pela “tortura” deviam ser responsabilizados.
Assinala-se, esta quinta-feira, o 50.º dia da invasão russa da Ucrânia. A ofensiva militar já matou cerca de dois mil civis, segundo dados apurados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real possa ser muito maior.
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