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Moscovo declara 18 diplomatas da UE 'persona non grata'

Em causa está a expulsão de diplomatas russos de vários países europeus.

Moscovo declara 18 diplomatas da UE 'persona non grata'
Notícias ao Minuto

17:14 - 15/04/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo anunciou esta sexta-feira ter declarado 18 diplomatas da missão da União Europeia (UE) no país como 'persona non grata', perante a expulsão de diplomatas russos de vários países europeus.

"Em resposta às ações hostis da UE, 18 funcionários da sua missão na Rússia foram declarados 'persona non grata' e terão de deixar o território da Federação Russa o mais rápido possível. Foi entregue uma nota nesse sentido [ao chefe da missão da UE em Moscovo, Markus] Ederer", informou o organismo, em comunicado.

A entidade adiantou que, esta sexta-feira, Ederer foi convocado junto do ministério, devido à "declaração injustificada de 5 de abril quanto ao estatuto de 'persona non grata' de 19 funcionários da missão da Federação Russa junto da União Europeia e da Comunidade Europeia da Energia Atómica".

"O lado russo atribuiu responsabilidade à UE pela destruição da arquitetura de diálogo e de cooperação bilateral que foi criada há décadas", apontando, assim, "a necessidade de estrito cumprimento por parte da UE dos requisitos da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961", rematou.

Recorde-se que, a 5 de abril, a UE declarou 19 membros da Missão Permanente da Federação Russa em Bruxelas 'persona no grata' por realizarem "atividades contrárias" ao seu estatuto diplomático.

De acordo com o portal russo RBC, mais de 420 membros de embaixadas russas foram expulsos de diferentes países, a maioria após o início da invasão da Ucrânia. É o maior número de expulsões em mais de 20 anos, uma vez que, entre 2000 e 2021, foram declarados indesejáveis 418 funcionários de diferentes missões diplomáticas russas.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou quase dois mil civis, incluindo cerca de 150 crianças, segundo dados da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo - incluído a expulsão dos diplomatas russos de diversos países europeus.

[Notícia atualizada às 17h43]

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