AO MINUTO: Rússia faz ultimato em Mariupol; Abramovich em Kyiv?

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia.

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© Leon Klein/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto
16/04/2022 08:18 ‧ 16/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Houve mais de 900 corpos descobertos na região de Kyiv após retirada russa. Numa entrevista, na sexta-feira, Andriy Nebytov, chefe da força policial regional, adiantou que os corpos foram abandonados nas ruas ou enterrados provisoriamente e sublinhou que 95% morreram por ferimentos de bala.

O Pentágono declarou que o cruzador 'Moskva' foi afundado por dois mísseis ucranianos. Um alto responsável do Pentágono referiu que o ato foi "um grande golpe" para a Rússia. O país terá usado, pela primeira vez desde o início da guerra, mísseis de longo alcance para atacar a cidade de Mariupol, segundo o porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, Oleksandr Motuzyanyk.

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, confirmou que ontem foram retiradas 2.864 pessoas das zonas mais afetadas pelo conflito, incluindo 363 de Mariupol, através de viaturas particulares, assim como 2.131 de Zaporizhzhia. Apesar dos constantes bombardeamentos, mais 370 pessoas foram retiradas de cidades na região de Lugansk.

Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia:

00h00 - Boa noite. Damos por terminado mais um AO MINUTO com todos os acontecimentos da guerra na Ucrânia. O acompanhamento será retomado na manhã deste domingo.

23h50 - Rússia ordena rendição das tropas ucranianas em Mariupol

O Ministério da Defesa da Rússia emitiu um ultimato às forças ucranianas que ainda lutam na cidade sitiada de Mariupol para que se rendam a partir das 6h de domingo (hora de Moscovo), informou a agência noticiosa estatal TASS.

A única hipótese de salvarem as suas vidas é entregarem volutariamente as suas armas e renderem-se."

23h36 - Há mais um general russo morto na Ucrânia

O major-general russo Vladimir Frolov, vice-comandante do 8º Exército, foi enterrado este sábado, depois de ter morrido em combate na Ucrânia, informaram vários meios estatais russos. Este será o oitavo general russo morto desde o início da invasão.

22h20 - Roman Abramovich em Kyiv para retomar negociações?

O oligarca russo Roman Abramovich terá visitado Kyiv, numa tentativa de retomar as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Segundo a Bloomberg, Abramovich ter-se-á encontrado com membros da delegação ucraniana.

O porta-voz do oligarca negou, no entanto, esta visita a Kyiv.

 

 

21h52 - Papa condena "crueldade" da guerra na Ucrânia na Vigília Pascal

O Papa Francisco condenou a "crueldade" da guerra na Ucrânia na Vigília Pascal a que assistiu este sábado, mas à qual não presidiu, devido a uma dor no joelho direito

"Todos nós rezamos por vocês e com vocês. Rezamos porque há muito sofrimento. Só podemos dar-vos a nossa companhia, as nossas orações e dizer 'coragem, nós acompanhamo-vos'", disse Francisco, que terminou afirmando, em ucraniano: "Cristo ressuscitou".

21h34 - Rússia fala em mais de 23 mil baixas nas forças ucranianas desde o início da ofensiva
 
A Rússia estimou hoje em 23.367 o número de mortes sofridas pelo exército e outras formações militarizadas da Ucrânia desde o início da "operação militar especial" no país vizinho.

20h30 - Um morto em bombardeamento russo de fábrica de material militar em Kyiv
 
Uma fábrica de equipamento militar que produz sobretudo tanques foi hoje de manhã atingida por um bombardeamento na periferia de Kyiv, capital da Ucrânia, fazendo um morto e vários feridos, segundo as autoridades.

19h50 - Embaixador expressa satisfação por alteração na Via Sacra
 
O embaixador ucraniano na Santa Sé, Andrii Yurash, expressou hoje ao secretário de Estado do Vaticano a sua satisfação pela mudança realizada numa das estações da Via Sacra, que decorreu na sexta-feira no Coliseu de Roma.

19h25 - Chefe do executivo da Escócia considera Putin "criminoso de guerra"
 
A chefe do executivo da Escócia, Nicola Sturgeon, criticou hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, considerando-o "criminoso de guerra", depois de o Kremlin a ter proibido e a outros políticos britânicos de entrarem na Rússia, incluindo o primeiro-ministro, Boris Johnson.

19h12 - República Checa rejeita aviso russo sobre tecnologia militar
 
A Rússia enviou uma carta à República Checa a avisar que o país não pode transferir tecnologia militar de fabrico soviético para países terceiros sem a permissão de Moscovo, algo que Praga rejeitou e considerou como uma "loucura".

18h50 - Quase 1.500 pessoas retiradas hoje

A Ucrânia diz que 1.449 pessoas foram hoje retiradas de cidades sitiadas através de corredores humanitários cidades. São menos do que as 2.864 que escaparam na sexta-feira.

18h15 - Ataque com mísseis de cruzeiro em Kharkiv mata dois civis e fere 18

O Gabinete do Procurador de Kharkiv anunciou, este sábado, que dois civis foram mortos e 18 ficaram feridos num ataque com mísseis de cruzeiro naquela cidade do nordeste da Ucrânia.

Em comunicado, adiantou que as forças russas atingiram os distritos de Slobidskyi e Osnoviansky, destruindo prédios residenciais, carros, um mercado e lojas.

Notícias ao Minuto Kharkiv, 16/04/2022© Chris McGrath/Getty Images  

18h03 - Homem mais rico da Ucrânia promete reconstruir Mariupol

O homem mais rico da Ucrânia prometeu ajudar a reconstruir Mariupol, a cidade mais afetada pela invasão russa ao país.

"Mariupol é uma tragédia global e um exemplo global de heroísmo. Para mim, Mariupol foi e sempre será uma cidade ucraniana", afirmou Rinat Akhmetov, o dono da maior siderúrgica da Ucrânia.

17h20 - Eliminar últimos soldados ucranianos em Mariupol põe fim a negociações de paz, alerta Zelensky

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou hoje que "a eliminação" dos últimos soldados ucranianos em Mariupol, cercados por forças militares russas, "porá fim a quaisquer negociações de paz" com Moscovo, segundo a AFP.

16h45 - Armas da Europa "demoram muito" a chegar

Um dos assessores do presidente ucraniano afirmou que o envio de armas de países europeus para a Ucrânia está a demorar "muito".

Numa publicação feita nas redes sociais, Mykhailo Podolyak disse que a Ucrânia ainda não recebeu as armas solicitadas, e apelou aos países que enviem equipamentos "agora".

 

 

15h58 - União Europeia atribui mais 50 milhões em ajuda humanitária
 
A União Europeia atribuiu hoje um pacote adicional de ajuda humanitária aos civis afetados pela guerra na Ucrânia no valor de 50 milhões de euros, sendo que 5 milhões são para apoiar a Moldova no acolhimento de refugiados. De acordo com o gabinete de comunicação da Comissão Europeia, o apoio aos dois países ascende agora a 143 milhões de euros, depois de em 28 de fevereiro ter sido anunciado um pacote financeiro de 90 milhões de euros para programas de ajuda humanitária, entre 85 milhões para a Ucrânia e 5 milhões para a Moldova.

15h24 - Ucrânia. Seis milhões de pessoas "lutam todos os dias" por água potável
 
Cerca de seis milhões de pessoas enfrentam dificuldades diárias em aceder a água potável na Ucrânia e a rede de abastecimento está à beira do "colapso total" na região do Donbass, alertaram hoje as Nações Unidas. "No total, mais de seis milhões de pessoas na Ucrânia lutam todos os dias para ter acesso a água potável" devido aos elevados danos provocados pela guerra nas redes de água e de energia, salientou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, em inglês), em comunicado.

14h37 - Forças especiais britânicas treinaram tropas locais na Ucrânia
 
As forças especiais britânicas treinaram tropas locais em Kyiv, na Ucrânia, pela primeira vez desde o início da ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia, revelaram comandantes ucranianos ao jornal britânico The Times. Oficiais de dois batalhões estacionados na capital ucraniana e nos arredores disseram ao jornal que receberam treino militar de soldados britânicos nas duas últimas semanas.

12h16 - Vice-chanceler alemão pede marchas contra Putin na Páscoa
 
O vice-chanceler alemão apelou hoje para que as tradicionais marchas pela paz realizadas na Alemanha na Páscoa sejam dirigidas contra o Presidente da Rússia por ser o agressor na guerra da Ucrânia. "Só pode haver paz se Vladimir Putin parar a sua guerra de agressão. É por isso que as marchas da Páscoa devem deixar claro que são dirigidas contra a guerra de Putin", disse Robert Habeck aos meios de comunicação do Grupo Funke, citado pela agência espanhola EFE.

11h40 - Países bálticos pressionados com chegada de refugiados ucranianos
 
A chegada de quase 100.000 refugiados da Ucrânia aos países bálticos tem pressionado os serviços sociais de Letónia, Lituânia e Estónia e levantado questões sobre a gestão dos que poderão ficar mais tempo. Os três países têm alguns ucranianos que residem no país desde a era soviética ou que chegaram como trabalhadores migrantes para a construção ou outros setores.

10h53 - Boris Johnson proibido de entrar na Rússia

O primeiro-ministro Boris Johnson foi proibido de entrar na Rússia por causa da posição "hostil" do Reino Unido em relação à guerra na Ucrânia, "em particular a imposição de sanções contra altos funcionários russos", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, acrescentando que expandirá a lista em breve. A informação, avançada pela Reuters, revela ainda que esta proibição estende-se ainda à secretária de estado Liz Truss, ao ministro da defesa Ben Wallace e dez outros membros do governo do Reino Unido.

10h49 - Rússia realiza novo ataque contra fábrica de armamento em Kyiv
 
As forças russas destruíram hoje uma fábrica de armamento que produz tanques nos subúrbios de Kyiv e oficinas de reparação de equipamento militar em Mykolaiv (sul), anunciou o Ministério da Defesa russo. Os ataques ocorreram um dia depois de a Rússia ter avisado que iria intensificar os ataques contra Kyiv, na sequência de incursões ucranianas no seu território.

10h10 - Entre 2.500 e 3.000 soldados ucranianos mortos, diz Zelensky
 
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que desde o início da guerra houve entre 2.500 e 3.000 soldados mortos nas fileiras e cerca de 10.000 feridos. Dos feridos, disse Zelensky em entrevista à CNN, é difícil dizer quantos vão sobreviver. O número de soldados mortos entre os invasores estimado pelos ucranianos é de 20 mil, mas o lado russo reconheceu apenas 1.350 soldados mortos em combate.

09h58 - UE recebeu lista de mulheres e crianças alvo de violência sexual
 
A União Europeia (UE) recebeu uma lista com 150 nomes de vítimas de violência sexual, entre mulheres e crianças ucranianas, estando a ser avaliada a retirada destas pessoas para tratamento em países do bloco europeu. Segundo Remi Duflot, chefe da delegação da UE na Ucrânia, foi criada uma equipa específica para tratar os crimes de guerra, onde se incluem os casos de abusos sexuais, violações e violência sexual de uma forma genérica.

09h08 - Nove corredores humanitários previstos para hoje

A vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk, revelou estarem previstos nove corredores humanitários este sábado, inclusivamente em Mariupol. Vereshchuk disse, através de comunicado citado pela Reuters, que os planos de evacuação incluem civis da cidade martirizada de Mariupol e que cinco dos nove corredores estão planeados para o leste, na região de Lugansk. 

09h02 - Noite marcada por ataques nos arredores de Kyiv e em Lviv

Houve relatos de novos bombardeamentos na capital ucraniana. O presidente da câmara de Kyiv, Vitali Klitschko, revelou que o ataque aconteceu no distrito de Darnytskyi, situado na margem esquerda do rio Dnipro, nos subúrbios da cidade. É ainda desconhecido o que terá sido atingido pelas tropas russas-  se algum objetivo militar ou uma zona residencial -, o autarca disse apenas que as equipas de resgate já estavam no local.

Também o presidente da Câmara de Lviv, no oeste do país, confirmou ataques na região durante a madrugada. Maksym Kozytskyi garantiu numa publicação do Telegram que o sistema de defesa antiaéreo ucraniano estava a funcionar, sem revelar os alvos atingidos ou o número de vítimas. Durante a madrugada, as sirenes foram ouvidas um pouco por todo o território da Ucrânia.

08h03 - Repórteres Sem Fronteiras restabelece serviço de rádio francesa na Rússia
 
Os Repórteres sem Fronteiras (RSF) anunciaram que o 'site' da Radio France International (RFI), com um serviço em língua russa, está novamente a funcionar, depois de ter sido censurado pelo regulador de telecomunicações russo.

07h54 - Relatos de ataques a cidades durante a noite

Há relatos de ataques em várias cidades ucranianas durante a noite. O primeiro terá ocorrido em Alexandria, Kirovograd, no centro da Ucrânia, por volta das 22h30, horário local, com um míssil a atingir um aeródromo militar, disse o autarca local.

Em Lugansk, bombardeios noturnos mataram uma pessoa e feriram outras três, segundo as autoridades. De acordo com a administração militar regional, o principal gasoduto de Severodonetsk também foi cortado, cortando gás e água na cidade.

Enquanto isso, a administração militar regional de Poltava, no centro da Ucrânia, disse que uma pessoa foi morta e outra ficou ferida após fogo militar russo.

07h23 - ONU. Guerra já fez 1.982 mortos desde que começou

De acordo com as Nações Unidas, até 14 de abril foram registados 1.982 mortos e 2.651 feridos civis. Entre os mortos estão 72 crianças e entre os feridos contam-se 147 crianças, de acordo com a informação citada pelo The Kyiv Independent. No total, a guerra na Ucrânia já fez 4.633 vítimas desde que começou, a 24 de fevereiro deste ano. A organização admite que os números reais sejam mais elevados do que o que estima nesta altura.  

07h11 - "Dinheiro gasto em recursos russos é gasto na destruição da democracia"
 
No seu habitual discurso dirigido à nação, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a apelar para que o "mundo democrático" recuse o petróleo russo, justificando que "dinheiro gasto em recursos russos é, na verdade, gasto na destruição da democracia". "Quando estas decisões forem tomadas, veremos que a paz se aproximará", reforçou.

07h17 - Alemanha vai fornecer mais de mil milhões em ajuda militar à Ucrânia
 
O Governo alemão anunciou que vai desbloquear mais de mil milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia, mas sem precisar em que consistirá, depois de Kyiv se queixar de não receber armamento pesado de Berlim.

07h03 - Para recordar:

  • Capitão do navio russo afundado terá morrido na explosão, diz Ucrânia. O conselheiro do Ministério do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, avançou no Telegram, que Anton Kuprin, capitão do navio russo 'Moskva', que se afundou na quinta-feira depois de ter sido alvo de um incêndio em circunstâncias ainda por esclarecer, terá morrido durante o incidente.
  • Entrada da Finlândia na NATO é "altamente provável". A ministra da Europa da Finlândia, Tytti Tupparainen, comentou a aproximação do seu país à aliança transatlântica, afirmando que a guerra na Ucrânia foi "uma chamada de atenção" para a Finlândia e garantindo que a adesão à NATO é "altamente provável".
  • Moscovo declara 18 diplomatas da UE 'persona non grata'. O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo anunciou ter declarado 18 diplomatas da missão da União Europeia (UE) no país como 'persona non grata', perante a expulsão de diplomatas russos de vários países europeus
  • Quase 4,8 milhões de ucranianos fugiram do país desde início da guerra. Quase 4,8 milhões de ucranianos fugiram da Ucrânia desde a invasão pela Rússia, há 51 dias, dos quais quase 60% foram para a Polónia, anunciou hoje o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

07h00 - Bom dia. Iniciamos aqui um novo registo para acompanhar todas as ocorrências relacionadas com a guerra na Ucrânia. Pode recordar a cobertura do final do dia de ontem aqui.

Leia Também: "Dinheiro gasto em recursos russos é gasto na destruição da democracia"

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