Ucrânia. Embaixador expressa satisfação por alteração na Via Sacra

O embaixador ucraniano na Santa Sé, Andrii Yurash, expressou hoje ao secretário de Estado do Vaticano a sua satisfação pela mudança realizada numa das estações da Via Sacra, que decorreu na sexta-feira no Coliseu de Roma.

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Lusa
16/04/2022 18:03 ‧ 16/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Antes da cerimónia religiosa, gerou desconforto o facto de, na XIII estação da Via Sacra, estar previsto que a cruz fosse transportada por duas amigas, uma enfermeira ucraniana e uma estudante russa.

Na noite de sexta-feira, a cruz foi transportada pelas duas mulheres conforme estava previsto, mas, numa alteração do programa inicialmente divulgado pelo Vaticano, a meditação que deveria ser lida no momento foi eliminada e substituída por uma oração pela paz no mundo.

"Diante da morte, o silêncio é a palavra mais eloquente. Permaneçamos, portanto, em silêncio e em oração e que cada um, no seu coração, reze pela paz no mundo", exortou um dos oradores da cerimónia.

Na rede social Twitter, o embaixador ucraniano deu hoje conta que se reuniu com o secretário de Estado Vaticano, Pietro Parolin.

"Além de apresentarmos muitos detalhes sobre a guerra, expressámos o nosso apreço pelas mudanças na Via Sacra de ontem, seguindo os pedidos da Ucrânia", escreveu Andrii Yurash.

Cerca de 10.000 fiéis acolheram o Papa Francisco no Coliseu de Roma, onde presidiu à Via Sacra de Sexta-Feira Santa, após dois anos sem um dos mais seguidos ritos da Semana Santa, devido à pandemia de covid-19.

Em 2020 e 2021, a Via Sacra -- ou Caminho da Cruz -- foi celebrada numa praça de São Pedro deserta por causa das restrições de combate ao coronavírus SARS-Cov-2.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados das Nações Unidas, que alertam para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de cindo milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Homem mais rico da Ucrânia promete reconstruir Mariupol

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