Um grande número de militares e de polícias acorreram ao local após o ataque, impedindo o acesso ao complexo de onde saia fumo, constatou a agência de notícias francesa AFP no local.
O presidente da câmara de Kyiv, Vitali Klitschko, indicou na plataforma digital Telegram que uma pessoa morreu e "várias" foram hospitalizadas após este ataque ao distrito de Darnytsky.
"As nossas forças de defesa antiaérea estão a fazer o seu melhor para nos proteger, mas o inimigo é astuto e implacável", escreveu.
Klitschko apelou mais uma vez aos habitantes que abandonaram a cidade para não regressarem, mas ficarem num "local seguro".
O Ministério da Defesa russo confirmou ter atingido uma fábrica de material militar em Kyiv, indicando que o fez com a ajuda de armas "ar-terra de alta precisão e de longo alcance".
Na sexta-feira, um ataque russo atingiu uma fábrica da região de Kyiv que produzia mísseis Neptune, que o exército ucraniano disse ter utilizado para afundar o cruzador russo Moskva.
Os bombardeamentos russos na região de Kyiv tornaram-se mais raros desde o fim de março, quando Moscovo retirou as suas tropas dos arredores da capital, anunciando querer concentrar a sua ofensiva no leste da Ucrânia.
Contudo, a Rússia ameaçou na sexta-feira intensificar os seus ataques a Kyiv, depois de ter acusado a Ucrânia de bombardear aldeias em território russo, próximas da fronteira ucraniana.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e "desmilitarizar" a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 52.º dia, já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito mais elevado.
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