O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse, esta quarta-feira, que procurará ser reeleito primeiro-ministro nas próximas eleições e que não poderia pensar em quaisquer circunstâncias em que se demitisse, noticia a Reuters.
As declarações foram proferidas depois dos partidos da oposição e de alguns dos próprios legisladores conservadores terem pedido a demissão do atual primeiro-ministro, após ter sido multado por violar as leis de confinamento impostas pelo seu Governo durante a pandemia.
Na terça-feira, Boris Johnson pediu desculpa pelas suas ações perante o Parlamento, garantindo não saber que a reunião que decorreu no seu escritório em Downing Street, a propósito da comemoração do seu aniversário, tinha ido contra as regras em vigor na altura.
Os opositores argumentaram que o governante terá mentido repetidamente ao Parlamento no ano passado, ao dizer que todas as diretrizes tinham sido seguidas.
Esta quarta-feira, num voo que tinha como destino a Índia, para uma visita de dois dias, foi questionado por jornalistas acerca das suas intenções de concorrer nas próximas eleições. "Claro que sim", garantiu Boris Johnson.
Quando lhe perguntaram, de seguida, se concebia alguma circunstância em que pudesse demitir-se, respondeu: "Não me vem à cabeça neste momento". Neste momento, argumentou, as suas preocupações devem estar voltadas para outras questões internacionais e domésticas prementes.
"O melhor que todos podemos fazer é concentrarmo-nos em coisas que podem realmente mudar e melhorar a vida dos eleitores e deixar de falar de políticos", apontou Johnson.
O primeiro-ministro britânico trata-se de um dos envolvidos no escândalo 'Partygate', divulgado em finais de 2021,. O mesmo diz respeito a 12 ajuntamentos, organizados em pleno confinamento, que podem ter violado as regras estipuladas pelo governo de Boris Johnson.
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