Morreu este domingo, em Mariupol, a sargento e médica da Guarda Nacional ucraniana, Olena Kushnir, mulher que se converteu num símbolo da resistência ucraniana.
Em março, Olena partilhava um vídeo nas redes sociais em que afirmava que ninguém "conseguia imaginar quão grande era a catástrofe de Mariupol".
A mulher era uma das 100 que se alistaram voluntariamente no exército para defender a cidade portuária, cujo controlo foi esta quinta-feira tomado pelos russos, segundo Vladimir Putin.
Olena Kushnir, a doctor, died in Mariupol.
— Oleksandra Matviichuk (@avalaina) April 17, 2022
In early March, she recorded a video asking the world not to make films and write books about this heroic struggle in the future, but better to help civilians to survive today.
She did not receive help from the world.#ArmUkraineNow pic.twitter.com/rR3MTQDKri
Numa troca de mensagens recentes com uma amiga, Olena afirmava: "Sou médica, militar, ucraniana, estou a cumprir o meu dever. Não tenham pena de mim". Em resposta, a amiga pedia que resistisse pois não queria ela fosse "nem herói, nem mártir".
A 7 de amrço, Olena perdeu também o marido na sequência da guerra que assola o país desde 24 de fevereiro.
Olena morreu poucos dias antes dos russos anunciarem o controlo da cidade portuária de Mariupol. Vladimir Putin ordenou hoje o bloqueio de Azovstal em vez de invadir a siderúrgica onde se encontra o último reduto da resistência ucraniana.
O líder russo quer que o complexo industrial seja fortemente bloqueado para que nem mesmo "uma mosca" passe despercebida e garantiu a vida daqueles que deixarem as instalações. Putin terá ainda afirmando que estes serão tratados com respeito.
Na mesma transmissão, o presidente russo afirmou que as forças de Moscovo alcançaram com "êxito" o controlo da cidade portuária ucraniana.
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