"Quarenta e cinco pessoas foram resgatadas e o corpo de uma criança" foi recuperado do barco que se afundou pouco depois de partir de Qalamoun, perto de Tripoli, de acordo com o ministro das Obras Públicas e dos Transportes, Ali Hamie, em declarações a uma rádio local, citado pela Agência France Presse (AFP).
De acordo com o governante, "as buscas continuam".
A Cruz Vermelha libanesa disse que enviou dez ambulâncias para o porto de Tripoli e um correspondente da AFP no local, confirmou que o exército encerrou o porto, permitindo apenas a entrada e saída das ambulâncias.
Familiares de alguns passageiros deslocaram-se ao local, mas foram impedidos de entrar.
"Isto aconteceu por causa dos políticos, que forçaram os libaneses desempregados a sair do país", disse um homem que aguardava no exterior do porto por notícias de um familiar.
Durante muitos anos, o Líbano acolheu refugiados, mas desde o início do colapso económico, em outubro de 2019, milhares de pessoas abandonaram o país, em barcos, rumo à Europa.
O Líbano, uma pequena nação mediterrânea de seis milhões de pessoas, incluindo um milhão de refugiados sírios, enfrenta a pior crise económica da história moderna do país.
A moeda libanesa perdeu mais de 90% do seu poder de compra e a maioria da população vive abaixo do limiar de pobreza.
De acordo com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, pelo menos 1,570 pessoas, entre as quais 186 libaneses, deixaram ou tentaram deixar o Líbano por mar entre janeiro e novembro de 2021.
A maioria esperava conseguir chegar à ilha de Chipre, membro da União Europeia, situada a 175 quilómetros de distância.
A maioria dos que tentar abandonar o Líbano por via marítima são refugiados sírios, mas um número crescente de libaneses também tem tentado fazer a travessia.
Leia Também: Barco com 60 migrantes virou-se ao largo da costa do Líbano