"O CICV está profundamente preocupado com a situação em Mariupol, onde a população necessita urgentemente de assistência. Para a partida segura e voluntária de milhares de civis e centenas de feridos da cidade, incluindo a fábrica Azovstal, o acesso humanitário desimpedido tem de ser providenciado imediatamente", lê-se na nota citada pela agência Unian.
O organismo salientou ainda que tem estado a trabalhar incessantemente desde o final de fevereiro para ajudar civis em Mariupol e noutras cidades ucranianas das quais as pessoas não conseguem escapar, reiterando os apelos para que fosse permitido aos civis abandonarem a zona de combate em segurança e receberem ajuda humanitária.
"Como mediador neutro e imparcial, o CICV está pronto a ajudar as partes em conflito a concluir acordos práticos e exequíveis para assegurar a retirada voluntária das pessoas necessitadas", acrescenta a declaração da Cruz Vermelha.
Paralelamente, a organização destacou equipas de trabalhadores de campo para facilitar uma partida segura, assim que seja alcançado um acordo e existam garantias de segurança.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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