"É correto em relação a uma empresa localizada no território da Federação Russa, cujos proprietários são de países 'hostis', responder com medidas semelhantes: confiscar estes bens", disse na sua conta Telegram, citado pela agência de notícias EFE.
"E o produto da venda [dos bens confiscados] será para o desenvolvimento do nosso país", acrescentou.
Volodin escreveu ainda que a Câmara dos Representantes norte-americana aprovou uma lei que permite a transferência de bens congelados de empresas e cidadãos russos para a Ucrânia: "Foi criado um perigoso precedente, que deve ser um bumerangue sobre os próprios estados".
Segundo o líder da Duma, a decisão dos EUA " não irá afetar a economia" russa, uma vez que "os iates, vilas e outras propriedades de cidadãos ricos apreendidos não serviram para o seu desenvolvimento de qualquer forma".
Volodin recordou que as reservas de ouro e de moeda estrangeira da Rússia no valor de cerca de 300 mil milhões de dólares (cerca de 284 mil milhões de euros) do Banco Central russo também foram congeladas, o que, assegurou, "será devolvido, uma vez que se trata de fundos estatais".
Em resposta, acrescentou, o Banco Central proibiu os investidores estrangeiros de retirarem fundos do sistema financeiro russo: "De acordo com algumas estimativas, estamos a falar de mais de 500 mil milhões de dólares. Temos de responder", argumentou.
"Hoje, os empresários russos estão a comprar empresas estrangeiras que operam na Rússia, comprando as ações de parceiros que querem sair do nosso mercado. Estão a agir de forma civilizada, ao abrigo do direito internacional, o que não se pode dizer de uma série de países 'hostis'", disse.
Para o líder da Duma, "a Lituânia, a Letónia, a Polónia e mesmo os EUA estão simplesmente envolvidos em roubos".
As sanções económicas à Rússia surgem na sequência do ataque militar iniciado em 24 de fevereiro contra a Ucrânia que já provocou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, segundo dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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