A avaliação de Jill Biden foi feita no final de um encontro de trabalho de quase uma hora na embaixada norte-americana em Bucareste sobre ajuda humanitária, a qual destacou estar "apenas a começar".
Jill Biden foi informada de que a Roménia havia recebido cerca de 900.000 refugiados da Ucrânia desde a invasão russa, no passado dia 24 de fevereiro, mas que a maioria daqueles, sobretudo mulheres e crianças, encontra-se agora noutros países.
"É incrível. É solidariedade aqui na Roménia e todos trabalham em conjunto", disse Biden, que acrescentou: "Acho que isso é realmente, infelizmente, apenas o começo. Apenas o começo".
"O povo romeno é incrível, acolhendo todos estes refugiados nas suas casas, oferecendo-lhes comida, roupas e abrigo e abrindo-lhes o coração", disse ainda, sublinhando que "o mundo está a par da solidariedade" romena.
Diariamente, cerca de 7.000 ucranianos cruzam a fronteira e chegam à Roménia, explicou Pablo Zapata, representante romeno no Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
A ONU e outras agências e o governo romeno fornecem aos refugiados uma variedade de serviços, incluindo alimentação, abrigo, educação, saúde e cuidados de saúde mental e aconselhamento, entre outros.
A mulher de Joe Biden perguntou especificamente sobre a prestação de serviços de saúde mental e se a escola de verão estava disponível para ajudar os estudantes refugiados a recuperar a sua formação.
O encontro de trabalho sobre o apoio humanitário aos refugiados abriu o segundo de uma viagem de quatro dias à Roménia e à Eslováquia, projetada para mostrar o apoio dos EUA aos refugiados ucranianos.
A Eslováquia também partilha fronteira com a Ucrânia e Jill Biden tem programado passar lá o domingo, Dia das Mães, encontrando-se com refugiados e visitando uma aldeia junto à fronteira.
Depois do encontro na embaixada dos EUA, Jill Biden juntou-se à primeira-dama romena Carmen Iohannis, para um almoço na residência particular desta.
Mais tarde, visitou uma escola, onde uma jovem ucraniana dirigiu-se a ela para lhe pedir, com auxílio de um tradutor, que pretende juntar-se ao pai.
Antes de viajar para a Eslováquia, Jill Biden tem previsto um encontro com pais de alunos.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Leia Também: Refugiados? "Estou convencida que o Governo português resolve a situação"