Três seguranças mortos em ataque a uma assembleia de voto nas Filipinas

Três seguranças foram mortos hoje no sul das Filipinas quando homens armados abriram fogo numa assembleia de voto, disse a polícia, num dia em que milhões de pessoas se dirigem às urnas para eleições gerais.

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Lusa
09/05/2022 06:58 ‧ 09/05/2022 por Lusa

Mundo

Filipinas

O tiroteio ocorreu logo após o início da votação no município de Buluan, na ilha de Mindanao, onde estão ativos vários grupos armados, de insurgentes comunistas a militantes islâmicos.

O ex-autarca Ibrahim Mangudadatu disse à agência France Presse que as pessoas dentro da escola -- usada como assembleia de voto -- correram para se proteger quando o tiroteio começou.

Um quarto segurança ficou ferido no ataque, disse o porta-voz da polícia provincial de Maguindanao, Roldan Kuntong.

No final de domingo, uma explosão no exterior de uma assembleia de voto no município de Datu Unsay, também na ilha de Mindanao, fez nove feridos.

Cerca de 67 milhões de filipinos são chamados a votar até às 19:00 (11:00 em Lisboa) para as eleições gerais, nas quais serão eleitos o presidente, o vice-presidente e os deputados, metade dos senadores, os 81 governadores provinciais e outros autarcas.

O favorito é Ferdinand Marcos Jr., com a última sondagem, divulgada na quinta-feira, a mostrar 57% das intenções de voto dos eleitores filipinos no filho do ditador Ferdinand Marcos (1965-1986).

Em 2016, Marcos Jr., conhecido por "Bongbong", perdeu a vice-presidência para Leni Robredo, de 57 anos, atual vice-presidente filipina e principal adversária na corrida presidencial.

Os opositores tentaram a desqualificação de Marcos Jr., denunciando uma condenação anterior por falta de declaração de rendimentos e, ao mesmo tempo, acusaram o candidato de ter mentido sobre os diplomas e de não ter pago cerca de quatro mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros) em imposto de sucessão.

Apesar de o considerar "fraco", o Presidente cessante apoiou a candidatura de "Bongbong", decisão que muitos observadores consideraram uma tentativa de Duterte, alvo de um inquérito internacional pela guerra mortífera contra a droga, de obter garantias de que não será julgado.

Sara Duterte, filha mais velha do chefe de Estado cessante, é apresentada como favorita para a vice-presidência, um escrutínio diferente e ao qual se apresentaram nove candidatos.

Única mulher a concorrer à Presidência filipina, Leni Robredo conseguiu, nas últimas semanas, aproximar-se de "Bongbong", depois de uma intensa campanha porta a porta, contando, juntamente com o candidato à vice-presidência Kiko Pangilinan, com 23% das intenções de voto, de acordo com as últimas sondagens.

Antiga advogada e economista, a vice-presidente filipina criticou a campanha antidroga de Duterte e opôs-se ao projeto de restabelecer a pena de morte no país.

Leia Também: Presidenciais nas Filipinas podem marcar regresso da família de ditador

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