Ucrânia. Hungria opõe-se a que UE inclua líderes religiosos nas sanções

A Hungria opõe-se à inclusão de líderes religiosos nas listas de sanções da União Europeia (UE) à Rússia devido à invasão da Ucrânia, como o patriarca Kirill, anunciou hoje o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Notícia

© Getty Images

Lusa
12/05/2022 17:01 ‧ 12/05/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

Sancionar os dignitários da igreja "afetaria a liberdade de religião das comunidades húngaras, algo que é sagrado e inviolável", disse um porta-voz do primeiro-ministro, citado pela agência de notícias oficial MTI.

Orbán reuniu-se hoje em Budapeste com Inácio Ephrem II, o patriarca da Igreja ortodoxa síria, um dos líderes religiosos que têm apelado à UE para não sancionar Kirill, patriarca da Igreja ortodoxa russa.

O chefe da Igreja ortodoxa da Rússia está listado na nova proposta de sanções da Comissão Europeia contra Moscovo devido à invasão da Ucrânia.

Segundo a agência MTI, o patriarca sírio disse que incluir um líder da igreja na lista de sanções "criaria um precedente que confundiria milhões de crentes".

O Governo de Orbán também não apoia as sanções europeias ao petróleo russo, uma vez que causaria problemas à economia húngara.

A Hungria importa da Rússia 65% do petróleo que consome e 85% do gás que utiliza.

A CE propôs na passada quarta-feira a redução das importações de petróleo russo até ao final do ano, embora vários países, como a Hungria e a Eslováquia, tenham até ao final de 2023, uma extensão que esses países pedem que se alargada até pelo menos três anos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Rússia promete defender "soberania" da "república" de Lugansk

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas