As autoridades norte-americanas revelaram, na segunda-feira, a identidade do homem que morreu na sequência de um tiroteio numa igreja no Condado de Orange, no sul da Califórnia. Segundo a NBC, em causa está John Cheng, um médico de 52 anos, que deixa mulher e dois filhos.
John Cheng foi baleado após um atirador ter começado a disparar sobre os presentes numa igreja presbiteriana em Laguna Woods, sudeste de Los Angeles. Cinco outras pessoas ficaram feridas na sequência do incidente, sendo que quatro delas ficaram em estado crítico.
Segundo o Departamento do Xerife do Condado de Orange, John Cheng era um conhecido médico de Laguna Niguel, especializado em medicina desportiva. Don Barnes, o próprio Xerife, descreveu o falecido como sendo "um herói" - pelo facto de ter tentado desarmado o autor do ataque, permitindo assim que outras pessoas intercedessem e colocassem um ponto final no mesmo.
"Sem as ações do Dr. Cheng, não há dúvida de que haveria numerosas vítimas adicionais", acrescentou ainda o Departamento do Xerife do Condado de Orange.
Nas redes sociais, várias têm sido as homenagens feitas a este médico. "Um absoluto herói. Ele atacou o atacante e ajudou a salvar muitas pessoas naquela igreja. Eu só queria que o seu nome se tornasse conhecido. Sentiremos a sua falta", escreveu um antigo paciente de John Cheng.
I just found out the person killed in the Laguna Woods shooting yesterday was my primary care physician, Dr. John Cheng. Absolute hero. He attacked the gunman and helped save so many in that church. I just wanted his name to be known. He will be missed. pic.twitter.com/jAW8LvpmaB
— Johnny Stanton (@johnnystantoniv) May 16, 2022
Entretanto, as autoridades identificaram um homem de 68 anos, de Las Vegas, como sendo o autor deste tiroteio mortal. Chamado David Chou, o atacante está agora acusado de um homicídio e de cinco tentativas de homicídio. Está ainda sujeito a quatro acusações de posse ilegal de explosivos. De acordo com o Procurador Distrital do Condado, Todd Spitzer, o suspeito é elegível para prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, ou até mesmo a pena de morte.
"Este foi um incidente de ódio por motivos políticos, uma conflito que este indivíduo tinha com a comunidade taiwanesa", apontou ainda o Xerife Barnes.
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