A Turquia bloqueou hoje o início do processo da adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, segundo o Washington Post.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, justificou o bloqueio da Turquia à adesão dos dois países à aliança militar com a acusação de que Suécia e a Finlândia dão abrigo a pessoas ligadas a grupos que a Turquia considera terroristas - incluindo o grupo militante do Partido dos Trabalhadores do Curdistão e seguidores de Fethullah Gulen.
Numa reunião dos embaixadores da NATO, a Turquia disse que ainda precisava de trabalhar algumas questões relacionadas com a adesão da Finlândia e da Suécia à aliança, de acordo com dois funcionários familiarizados com o debate, que falaram na condição de anonimato para discutir as sensíveis conversações de porta fechada.
O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan opôs-se à concessão de asilo pela Suécia a membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, e indicou que procurará outras concessões se quiser permitir que a expansão prossiga.
Os embaixadores da Finlândia e da Suécia junto da NATO entregaram hoje de manhã os pedidos de adesão dos dois países à organização, no que o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, classificou como um momento "histórico".
O secretário-geral da organização garantiu que os 30 países membros da NATO estão determinados em "trabalhar em todas as questões" do processo de alargamento e em "alcançar conclusões rápidas", isto numa altura em que a Turquia ainda coloca obstáculos à adesão de Suécia e Finlândia.
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