O vice-primeiro-ministro russo Yury Borisov revelou na quarta-feira, dia 18 de maio, que a Rússia começou a testar armas a laser e que estas serão capazes de destruir drones em cinco segundos.
Segundo declarações à agência russa TASS, a arma é capaz de atingir um alvo a 5 quilómetros de distância.
Segundo Moscovo, o laser é capaz de 'apagar' satélites a 1.500 quilómetros de distância.
A Peresvet, como esta arma foi batizada em homenagem a Alexander Peresvet (monge ortodoxo russo morto em duelo contra o guerreiro tártaro Temir-Murza na Batalha de Kulikovo), é capaz também de destruir "termicamente" o alvo, segundo Borisov.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu ontem com ironia a este anúncio e comparou-as às "armas milagrosas" que a Alemanha nazi implantou no final da II Guerra Mundial mediante a perspetiva de derrota.
️ Zelensky: Russia’s alleged ‘laser’ weapons indicate ‘complete failure of the invasion.’
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) May 19, 2022
Russia said on May 18 that it is has deployed a new generation of lasers in Ukraine, which can burn up drones.
O chefe de Estado afirma que o recurso a estas novas armas revela "a completa falha da invasão [russa]".
Refira-se que a Rússia iniciou a sua "ofensiva militar especial", conforme chama à invasão à Ucrânia, na madrugada de dia 24 de fevereiro. Desde então devastou e ocupou várias cidades na Ucrânia, mas não esperava a resistência do povo ucraniano estando a invasão a demorar mais do que o presidente russo, Vladimir Putin, esperava inicialmente.
Na segunda-feira Isidro Pereira, major-general que já foi representante militar na NATO, assumiu que, a "manter-se a atual situação, a Ucrânia é bem capaz de ganhar a guerra". De acordo com o especialista militar, "os últimos dias não têm sido felizes para a Rússia como um todo" e isso leva-o a acreditar que o país invasor da Ucrânia "começa a perder a guerra nas diversas frentes".
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