Ainda ninguém sabe quem está a fazê-lo ou porquê, e se as vítimas foram injectadas com drogas - ou mesmo com qualquer substância.
Mais de 300 pessoas em França relataram ter sido picadas do nada com agulhas em clubes nocturnos ou concertos nos últimos meses.
Pessoas de Paris, Toulouse, Nantes, Nancy, Rennes e outras cidades de França relataram ter sido picadas com uma agulha sem o seu conhecimento ou autorização.
Os indivíduos visados, na sua maioria mulheres, mostram marcas visíveis de injecção, muitas vezes hematomas, e relatam sintomas como tonturas, avança a Sky Nwes.
Os proprietários de discotecas e a polícia estão a tentar sensibilizar a população, e um rapper até interrompeu o seu recente espectáculo para avisar os frequentadores de concertos sobre o risco de ataques com agulhas.
Mas o problema não está circunscrito a França.
O governo do Reino Unido está a estudar uma série de "needle spiking", ou seja, picadas de agulhas, e a polícia na Bélgica e nos Países Baixos também estão a investigar casos semelhantes.
A 4 de maio, Tomas Laux, de 18 anos, assistiu a um concerto de rap em Lille no norte de França. Fumou um pouco de marijuana e bebeu álcool durante o espectáculo, avança o mesmo meio.
Quando chegou a casa, disse que se sentiu tonto e teve uma dor de cabeça. Depois, notou um pequeno furo na pele do braço e uma contusão.
Na manhã seguinte, os sintomas não desapareceram, pelo que foi a um médico, onde confirmaram a evidência de uma picada de agulha.
Ele foi testado para HIV e hepatite e os seus resultados foram negativos, como os de outras vítimas até agora.
"Desisti de ir a concertos desde que isso aconteceu", disse Laux à Sky News.
A agência da polícia nacional francesa disse que 302 pessoas apresentaram queixas formais sobre tais picadelas de agulha.
Estão em curso várias investigações em diferentes regiões, mas nenhum suspeito foi ainda detido, nenhuma agulha foi encontrada e o motivo continua a não ser claro.
No Reino Unido, o parlamento emitiu um relatório em abril sobre bebidas e picadas de agulhas em bares e clubes nocturnos, após um surto de incidentes no ano passado.
A polícia relatou cerca de 1.000 casos de injecção de agulhas em todo o país por volta de outubro de 2021. No entanto, o relatório do parlamento afirmou que havia falta de dados para avaliar a gravidade da questão.
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